quarta-feira, 2 de outubro de 2024

BICO CALADO

  • Uma investigação do Forensic Architecture, em parceria com o programa Fault Lines da Al Jazeera, revela novas provas de que Israel tem atacado sistemática e deliberadamente trabalhadores humanitários e locais de assistência humanitária em Gaza. As conclusões fazem parte de um documentário de 25 minutos do Fault Lines, intitulado "Starving Gaza". Pode ver o filme aqui.
  • Ahmed Nasser é um dos poucos médicos no norte da Faixa de Gaza que trata de dezenas de crianças vítimas de subnutrição. As probabilidades de salvar vidas estão contra ele, pois não dispõe dos recursos de que necessita. Israel cortou os alimentos, o combustível e a água, dando origem a uma fome de origem humana sem precedentes na sua escala e ritmo. Todos os palestinianos em Gaza estão em situação de insegurança alimentar e dezenas morreram de desidratação e subnutrição. Israel e o seu aliado mais próximo, os EUA, negam que Israel esteja a bloquear a ajuda humanitária, o que constitui um crime de guerra. Mas a Fault Lines trabalhou com repórteres palestinianos em Gaza e utilizou dados de fonte aberta para investigar a forma como Israel matou civis que procuravam ajuda e atacou redes humanitárias. Via Schuyler Mitchell, Drop Site.

  • As forças israelitas invadiram o sul do Líbano na terça-feira com o apoio aberto dos EUA, que apoiaram aquilo a que chamaram "operações limitadas para destruir as infra-estruturas do Hezbollah", apesar dos avisos de que um ataque terrestre poderia desencadear um conflito mais vasto e intensificar a catástrofe humanitária com que se confrontam os civis libaneses. Fonte.
  • A versão oficial do exército israelita para justificar os ataques a zonas civis durante o intenso e mortífero bombardeamento do sul do Líbano, em 20 de setembro, é que os libaneses escondem nas suas casas lançadores de mísseis de longo alcance. Esta explicação oficial, destinada a justificar a morte de 492 pessoas e o ferimento de 1645 num único dia de ataques aéreos israelitas, será repetida ao longo de toda a guerra israelita no Líbano, por muito tempo que esta demore. Os media israelitas citam agora estas afirmações e, como é habitual, os media norte-americanos e ocidentais papagueiam a mesma narrativa. Ramzy Baroud.

  • "Comparai o Público com o El Pais: um mente, o outro diz a verdade. É de invasão que se trata, claro. Em Espanha estão mais avançados no que a esta questão diz respeito. Afinal de contas, reconhecem o Estado da Palestina, por exemplo. Público tem uma história tenebrosa no internacional, graças à prolongada influência de ideólogas como Teresa de Sousa. É como se estivesse no livro de estilo, junto à palavra liberal: quando a invasão é apoiada pelo imperialismo, quando se dá no quadro do sistema imperialista, não é invasão. E muito menos quando se trata do genocida colonialismo sionista, o que não existiria sem o apoio maciço dos EUA (e da UE, já agora; numa posição subalterna, é certo)."  João Rodrigues, Ladrões de Bicicletas.

 

  • Em Gaza, a 30 de setembro de 2000, Mohammed Al Dura, um menino palestiniano de 12 anos, morreu sob as balas israelitas, aterrorizada atrás do pai que tentava protegê-lo, no cruzamento de Netzarim. A cena chocou o mundo porque foi filmada por uma câmara da France 2 e transmitida para muitos países. O mundo descobriu em imagens os crimes coloniais de Israel. 
  • Jean-Marie Le Pen festeja com nazis depois de ter sido dispensado do julgamento. Fonte.
  • Kamala Harris apoiada por centenas de milhões de dólares de dinheiro sujo. Eric Zuesse, Dissident Voice.
  • Documentos agora divulgados revelam que, antes do derrube da primeira-ministra do Bangladesh, Sheikh Hasina, o Instituto Republicano Internacional, financiado pelo governo dos EUA, treinou um exército de ativistas, incluindo rappers e "pessoas LGBTQI", chegando mesmo a organizar "espetáculos de dança transgénero", para conseguir uma "mudança de poder" a nível nacional. O pessoal do Instituto afirmou que os ativistas "cooperariam com o IRI para desestabilizar a política do Bangladesh". Fonte.
  • Navio com explosivos para Israel pediu para retirar bandeira portuguesa. Fonte.

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