sábado, 28 de setembro de 2024

REFLEXÃO: TROCAR URINA POR LEGUMES

Em Châtillon, os membros de uma Amap - Associação para a preservação da agricultura camponesa -levam os seus bidões de urina aos horticultores que lhes entregam os legumes.

Para avaliar a importância desta inovação, Fabien Escudier, diretor do programa de investigação Ocapi, aponta os números: a urina de uma pessoa durante um ano seria suficiente para fertilizar 500 m² de campos.

Atualmente, porém, os preciosos efluentes acabam nas águas residuais, depois nas lamas de depuração... e nos rios. É um sistema que consome muita energia e água - cada vez que usamos a sanita, consumimos 10 litros de ouro azul - e é ineficiente.

A nossa urina pode fornecer o azoto, o fósforo e o potássio de que necessitamos, e gratuitamente! Após seis meses de armazenamento, para eliminar qualquer risco para a saúde, a lisina (estrume humano) pode ser injetada no solo, a uma taxa de 2 litros por m2.

"Podemos ver claramente uma diferença: as plantas fertilizadas desta forma são mais vigorosas e crescem melhor", observa.

Lorène Lavocat, Reporterre.

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