- As gigantes farmacêuticas acumulam lucros em paraísos fiscais enquanto os doentes lutam contra os preços gigantesos medicamentos. As 15 maiores fabricantes de medicamentos da Europa e dos EUArevelam publicamente mais de 1300 filiais em paraísos fiscais e territórios com baixa tributação. Estas estruturas pouco conhecidas ajudaram-nos a acumular lucros de 580 mil milhões de euros nos últimos cinco anos. Fonte.
- “Hoje inaugura-se o mecanismo que controlará o tempo de intervenções dos deputados, retirando-lhes a passadeira, alternância verde-amarelo-vermelho para o controlo de verborreia, mas não do acinte ou das interrupções. Poderá dizer-se tudo de igual modo, só que em versão síntese plástico. Continuaremos a passar um pano sem limpar o pó. Entre o tempo e o conteúdo, o Parlamento escolheu enredar-se em formalismos de liceu que não dão garante de dignidade, mas tão-só de cumprimento de horários. A partir de hoje, há semáforos para organizar a passagem mas ninguém para multar os excessos de velocidade ou os crimes de ódio com imunidade parlamentar.” Miguel Guedes, A cosmética do semáforo – JN 28jun2024.
- A atual ministra da Saúde, Ana Paula Martins, copiou partes do programa de um curso britânico para o seu relatório de licença sabática da Universidade de Lisboa, sem mencionar a fonte. O relatório, apresentado no final de 2023, propunha um programa de formação avançada que o conselho científico da Faculdade de Farmácia, que o avaliou, considerou ser uma ‘transposição’ do curso inglês. A mesma faculdade identificou outras ‘inconformidades’, mas aprovou o relatório. Público 28jun2024.
- 19 organizações da sociedade civil, incluindo a BankTrack, publicaram um novo relatório intitulado "As empresas que armam Israel e os seusfinanciadores". FABRICANTES: Boeing, Lockheed Martin, General Dynamics, RTX (EUA), Leonardo (Itália). BANCOS FINANCIADORES: BNP Paribas, Crédit Agricole, Société Générale, Groupe BPCE (França) Deutsche Bank, Commerzbank, BayernLB (Alemanha), Barclays, Lloyds Banking Group, HSBC, Standard Chartered, NatWest (Reino Unido), Santander, BBVA (Espanha), UniCredit, Intesa Sanpaolo, Banco BPM (Itália), UBS (Suíça), European Investment Bank (Luxemburgo), Skandinaviska Enskilda Banken (Suécia). ACIONISTAS: UBS, Schweizerische Nationalbank (Suíça), Government Pension Fund Global (GFPG) (Noruega), Groupe BPCE, Crédit Agricole (França), Allianz, Deutsche Bank (Alemanha), Legal & General, Barclays, HSBC, Janus Henderson, Aviva, M&G, Qube Research & Technologies, Abrdn, Royal London Group, Schroders (Reino Unido), Aegon, Exor (Países Baixos), Intesa Sanpaolo (Itália). O relatório recomenda, entre outras coisas, parar com a venda, a transferência e o desvio de armas, munições e outro equipamento militar para Israel, a fim de evitar novas violações do direito humanitário internacional e violações e abusos dos direitos humanos, e abstenção de exportar, vender ou transferir bens e tecnologias de vigilância e armas menos letais, incluindo artigos de "dupla utilização", quando existam motivos razoáveis para suspeitar que esses bens, tecnologias ou armas possam ser utilizados para violar ou abusar dos direitos humanos.
- “Ao ler o livro [Sexta-feira é o novo sábado], fica claro que devemos olhar para Gomes como um veículo de medidas como a redução de salários, aumento da idade da reforma e aumento do horário diário - não de transformar a sexta-feira no novo sábado. A obra de Pedro Gomes acaba por explicar a falta de ‘entusiasmo dos sindicatos’ com o projeto piloto que ele coordena. Se os sindicatos são os representantes e mediadores históricos dos interesses dos trabalhadores, Pedro Gomes pretende substituir este papel pelo ilusionismo, alegadamente desprendido de amarras ideológicas.” República dos Pijamas.
- "Parece que os EUA falharam novamente o golpe contra a Bolívia pelo seu lítio. (…) O Presidente Luis Arce encontrou-se recentemente com Putin no Fórum Económico Internacional de São Petersburgo para discutir a parceria entre os dois países. Esta iniciativa terá, sem dúvida, irritado os Estados Unidos, que têm estado desesperados por obter o lítio da Bolívia o mais barato possível, tal como fizeram com o da Argentina. Em 2017, os EUA conseguiram expulsar o popular Evo Morales do poder depois de fabricar acusações de fraude eleitoral que foram posteriormente desmentidas pelo MIT e pelo Centro de Investigação Económica e Política. Morales foi levado para o exílio e uma marioneta fascista dos EUA chamada Jeanine Anez foi instalada no seu lugar. Acontece que a Bolívia tem as maiores reservas de lítio do mundo, que são muito úteis para coisas como as baterias dos Teslas. Os capitalistas ocidentais, como Musk, têm vindo a dizer como o lítio da Bolívia seria valioso para eles, no entanto, Morales fechou um acordo de 2,3 mil milhões de dólares com a China, em vez de com os EUA. Uma vez que os carros eléctricos estão agora a substituir os carros a gasolina, o lítio pode tornar-se tão importante como o petróleo, se é que já não o é. Os EUA não podiam deixar que a China controlasse a maior parte da substituição do petróleo mundial, quando a China já está a dominar a indústria dos carros eléctricos, por isso Morales teve de sair, e um fascista brutal teve de ser instalado em nome da liberdade e da democracia. A marioneta dos EUA, Jeanine Anez, massacrou 57 manifestantes, e quando chegaram as eleições, o partido MAS de Morales recuperou o poder enquanto o antigo líder estava no exílio. O aliado de Morales, Luis Arce, tornou-se presidente da Bolívia e, desde então, os EUA têm estado a fervilhar, à espera da altura certa para tentar outro golpe. Os EUA, claro, passaram os últimos anos a insistir que não precisam do lítio da Bolívia, e isto é apenas uma teoria da conspiração, mas, estranhamente, os EUA nunca vão atrás de países que não têm grandes reservas de recursos naturais para explorar. (…)” Anti-imperial Nexus.
- Miguel Sousa Tavares não percebe que haja um Conselho de Estado sobre a Ucrânia e preferia que houvesse um sobre a Palestina ou sobre a Justiça. João Taborda da Gama admite que o Presidente da República esteja com medo do Ministério Público. Paulo Portas queixa-se do algoritmo que leva a população a votar na “irracionalidade”. Nuno Ramos de Almeida, Paula Cardoso e Pedro Tadeu comentam ainda uma declaração de uma das advogadas da campanha “Free Assange”: a libertação de Julian Assange foi uma boa notícia para o fundador do Wikileaks, mas não foi uma boa notícia para o jornalismo.
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