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- “Sabendo como Israel opera, a minha avaliação é que as forças israelitas mataram intencionalmente os trabalhadores da World Central Kitchen para que os doadores se retirassem e os civis em Gaza pudessem continuar a passar fome tranquilamente. Israel sabe que os países ocidentais e a maioria dos países árabes não moverão um dedo pelos palestinianos.” Francesca Albanese, UN Special Rapporteur. Israel tem um historial de mortes de voluntários estrangeiros. Não se trata de uma tragédia, é o resultado de anos de violência sistemática e de imunidade internacional. Até agora Israel abateu 196, a esmagadora maioria palestinianos. Mas agora o alarido é grande porque as vítimas são dos amiguinhos que lhes vendem mísseis.
- André Ventura era crítico das “fake-news” em 2017 mas já mentiu pelo menos 101 vezes desde que é deputado. Polígrafo.
- “(…) O PSD de 2024 propõe-se combater qualquer ideia socialista para Portugal, pretende dar mais liberdade ao capitalismo, acredita na falácia de que a um maior crescimento da economia corresponderá uma maior distribuição de riqueza, quer reforçar o orçamento militar para a NATO e quer tirar o Estado da economia. O partido de Luís Montenegro é o mesmo partido deste programa político que Sá Carneiro, Francisco Balsemão e Magalhães Mota subscreveram em 1974, no então recém-fundado PPD, o antecessor do PSD. Como lidam os, nominalmente, sociais-democratas com tamanha contradição com o passado? Será que alguém deste Governo leu esse programa do PPD? Será que alguém, no passado, andou a enganar alguém? Será que alguém, no presente, anda a enganar alguém? Será a História ou é o presente que os envergonha?” Pedro Tadeu, Quem tem vergonha da sua história? – DN 3abr2024.
- Procuradoria europeia investiga Ursula von der Leyen. O negócio de aquisição de 1,8 mil milhões de vacinas e a sua falta de transparência estão na mira dos investigadores do Luxemburgo. César Avó, DN 2abr2024.
- "A amnésia histórica tem-se manifestado também sob a forma de monumentos históricos que apagam ou branqueiam a nossa história violenta. O único reconhecimento público da expulsão dos imigrantes chineses de Seattle, em 1886, por exemplo, é um pequeno painel interpretativo situado na Pioneer Square, uma praça turística da cidade. Este painel culpa os "tempos económicos difíceis" por terem virado os residentes brancos de Seattle contra os trabalhadores chineses imigrantes. Os bons cidadãos brancos da Home Guard de Seattle tentaram impedir a "multidão vigilante" e proteger os residentes chineses, explica o painel, mas mesmo assim os chineses foram obrigados a abandonar a cidade. No entanto, conclui alegremente, "depressa regressaram, pois a sua natureza laboriosa e a sua mão de obra barata revelaram-se essenciais para a estrutura económica de Seattle". (...) De acordo com esta versão da expulsão, o sentimento anti-chinês era um sintoma aparentemente natural de uma breve crise económica e não uma consequência de um racismo mais amplo e sistémico. A história branqueada é orientada em torno do pequeno número de bons defensores brancos (que ainda assim apoiaram a expulsão dos chineses) e não da multidão muito mais numerosa que arrombou portas e incendiou Chinatown - ou, na verdade, dos chineses que foram vítimas dessa multidão. E a expulsão, embora infeliz, foi apenas temporária, segundo o painel. Os chineses acabaram por regressar, aparentemente dispostos a absolver Seattle dos seus pecados, e tornaram-se os "bons imigrantes". Os chineses americanos, com a sua "natureza laboriosa", serviram de "mão de obra barata" e ajudaram a transformar a cidade no sucesso económico que é hoje. Erika Lee, America for Americans – a history of xenophobia in the United States. Basic Books/Hachette 2021, pp 325-326. Trad. OLima.
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