BICO CALADO

• “Ao ver Pacheco de Amorim como vice-presidente da AR não pude deixar de sentir nojo dos deputados que, escondidos no voto secreto, o elegeram para o cargo. Lembrei-me logo da condenação à morte de Melo Antunes pelo grupo terrorista MDLP de que esse deputado foi o ideólogo. Melo Antunes foi informado pelo embaixador americano. Vem na sua biografia, pág. 458.” Carlos Esperança.

• “Volto para dizer da minha indignação. O convencido Bernardo Ferrão diz com o maior desfaçatez, que as acusações de terrorismo bombista a Pacheco de Amorim já pouco interessam e 'que ficam lá para trás'. Pois é Bernardo Ferrão... convém esquecer, sobretudo para si que procura encontrar 'novas paredes' onde se encostar... Mas olhe, devia ser mais cauteloso; o padre Max existiu mesmo; as investigações decorreram; um grande advogado do Porto, Brochado Coelho recentemente desaparecido, homem de reconhecida probidade, bateu-se denodadamente para levar a julgamento os 'bombistas'; se quiser, mostro-lhe umas casas em Serrazes onde esta gente se preparava; se quiser, apresento-lhe colegas meus que frequentando Filosofia em Coimbra, ouviram de um professor que só podiam ter 15, pois o 17 era para o Pacheco de Amorim... Também o ouvi dizer que era uma 'coligação negativa' contra o PSD... Não sabe do que fala... Hoje já modificou o que disse ontem... Estude; respeite os que têm a infelicidade de o ouvir nos dislates históricos e na farronca com que "comenta". (…) Branqueie, branqueie... e glorifique quem lhe tolera os constantes insultos à pura factualidade histórica. Na interpretação você já lá não chega...” José Barata.

• “Foi à quarta e foi mesmo: o dia 27.03 foi uma quarta-feira, é o que mostra o calendário para este ano. E mais: neste dia deu início a germinação de um novo híbrido que faltava nos campos da política nacional, que são vastos e insondáveis. A robbialac também acrescenta uma cor ao seu catálogo de tintas plásticas para interior e exterior: o branco assis.” oxisdaquestao.

• A Câmara Municipal de Cascais aceitou pagar, em tempo recorde, uma factura de cerca de 233 mil euros de uma empresa fornecedora de refeições para refugiados ucranianos numa altura em que os seus centros estavam quase vazios. Ainda mais estranho, e contrariando mesmo o caderno de encargos, a autarquia liderada pelo social democrata Carlos Carreiras fez a transferência ainda durante a vigência do contrato, que decorreu desde 26 de Setembro do ano passado e o dia a seguir ao mais recente Natal, sem sequer se apurar o número de refeições supostamente distribuídas. A autarquia quer agora, num processo de intimação protagonizado pelo PÁGINA UM no Tribunal Administrativo de Sintra, que o caso seja encerrado sem sequer explicar os motivos para não se revelarem guias de remessa e de recepção das refeições. Um caso que, na verdade, merecia mais ser tratado num tribunal penal do que administrativo, até porque em outro estranho ajuste directo com preços hiperinflacionados, envolvendo o Modelo Continente, a Câmara Municipal de Cascais - que fez contratos para apoio aos refugiados da Ucrânia de quase dois milhões de euros - diz que, afinal, não comprou nada à cadeia de supermercados. Mas diz isto sem apresentar provas, e apenas depois de ter sido obrigada pelo Trbunal Administrativo de Sintra a pronunciar-se. P1.

• O principal propagandista de Israel foi despedido por não mentir suficientemente bem. O porta-voz Eylon Levy viu-se em apuros quando não conseguiu ter mentiras de apoio prontas para sustentar a sua mentira original, o que o levou a desmoronar-se sob interrogatório. LAURA K, Substack.

• “Mensagem do dia de S. Patrício para o Presidente Joe Biden: Durante a Grande Fome da década de 1840, os nossos ocupantes britânicos alinharam um milhão de irlandeses para morrerem de fome e de doença. Um milhão foram forçados a imigrar, como os vossos bisavós, Owen e Jean Finnegan. No dia de S. Patrício, em que milhões de americanos celebram as suas origens irlandesas, queremos que ouçam esta mensagem da Irlanda: Nós crescemos com o terrível legado dos nossos antepassados, forçados a abandonar as suas casas, morrendo de fome na estrada. Por causa da nossa história, o povo irlandês nunca perdoará aqueles que permitem a opressão, a limpeza étnica e o genocídio de outro povo... como vocês fizeram em Gaza". MICHEL CHOSSUDOVSKY, Substack.

• Há 10 anos, a plataforma de Internet X, então conhecida como Twitter, interpôs uma ação judicial contra o governo, esperando que esta obrigasse à transparência em relação à vigilância abusiva dos utilizadores das redes sociais. No entanto, a batalha judicial da X choca com um facto incómodo: a própria empresa está no negócio da vigilância governamental das redes sociais. Sam Biddle, The Intercept.