Newsletter: Receba notificações por email de novos textos publicados:

sábado, 17 de fevereiro de 2024

EUA: ‘GÁS NATURAL CERTIFICADO É ESQUEMA PERIGOSO DE LAVAGEM VERDE’ DIZEM SENADORES

  • Gás natural certificado é um ‘esquema perigoso de lavagem verde’, dizem senadores norte-americanos que pedem a suspensão da sua produção uma vez que esse negócio mina os esforços para uma transição justa para as energias renováveis. Há algum tempo que o gás é apresentado como amigo do clima, porque, dizem, quando queimado, o combustível gera menos dióxido de carbono do que outros combustíveis fósseis. Mas o ‘gás natural’ é feito de metano, um gás com efeito de estufa que aquece o planeta 80 vezes mais do que o dióxido de carbono. Algumas pesquisas indicam até que o combustível é pior para o clima do que o carvão. Apesar disso, não faltam empresas que se organizaram em indústria de certificadores de gás. Os padrões dos certificadores de gás não parecem resistir a um exame mais minucioso. Em 2022, por exemplo, as organizações ambientais sem fins lucrativos Earthworks e Oil Change International passaram sete meses auditando tecnologias de sensores utilizadas pelo Project Canary, líder da indústria entre os certificadores de gás. Os grupos concluíram num relatório divulgado no ano passado que a empresa falhava consistentemente na deteção de fugas de metano durante a perfuração, fraturação hidráulico, queima e ventilação. Esta falta de robustez, dizem os referidos senadores, não é nenhuma surpresa: “Os lucros das empresas de gás dependem das empresas de monitorização que certificam o seu gás, e os lucros das empresas de monitorização dependem dos clientes da indústria”. Por isso, exigem uma investigação da FTC sobre os processos de certificação de gás de modo a evitar que os produtores de gás e as empresas de certificação enganem os consumidores, prejudicando o ambiente e dificultando o combate às alterações alterações climáticas. Dharna Noor, The Guardian.
  • A Suíça quer avançar nas conversações globais sobre se as controversas técnicas de geoengenharia solar devem ser utilizadas para compensar as alterações climáticas através do arrefecimento da Terra. Propõe a criação do primeiro grupo de peritos das Nações Unidas para “examinar os riscos e oportunidades” da gestão da radiação solar (SRM), um conjunto de tecnologias em grande parte não testadas destinadas a diminuir o brilho do sol. O painel seria composto por especialistas nomeados pelos estados membros do programa ambiental da ONU (PNUMA) e representantes de organismos científicos internacionais. Os governos irão negociar e votar a proposta na reunião anual do PNUA em Nairobi, no Quénia, após ter sido formalmente aprovado pelo Senegal, Geórgia, Mónaco e Guiné. Matteo Civillini, CCN.
  • Em New Orleans e Mobile, o carnaval celebra-se à custa de toneladas de contas tóxicas que deslizam para o golfo. Lee Hedgepeth, ICN.

Sem comentários: