quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

BICO CALADO

Peter Cziborra/Reuters

  • Capital israelita aumenta pressão imobiliária no Porto. Esquerda.
  • Forças israelitas disfarçadas de civis e médicos palestinos invadiram um hospital na Cisjordânia ocupada, matando o que disseram ser três militantes. DW.
  • CoreCivic e GEO Group estão associados a graves violações dos direitos humanos. Ambas as empresas obtêm lucros com o encarceramento de migrantes e a sua utilização como fonte de mão-de-obra barata. Os detidos são frequentemente separados das suas famílias e enfrentam más condições de vida. Os bancos e outras instituições financeiras devem parar de financiar as empresas e desinvestir nas participações que possuem ou administram. Banktrack.
  • O gigante bancário britânico Barclays fornece milhares de milhões de libras em investimentos e empréstimos a empresas de armamento que vendem armas, componentes e tecnologia militar utilizada pelas forças armadas de Israel. Exija o fim da cumplicidade com o Barclays.

  • "Conhecido como o "primeiro presidente negro", Clinton, um democrata, enaltecia a sociedade multicultural dos Estados Unidos e procurou colmatar o fosso racial que separa brancos e negros. Mas, em matéria de imigração, ajudou a legitimar a demonização dos imigrantes sem documentos. Logo após as eleições de 1994, Clinton pediu ao Congresso que formasse um novo grupo de trabalho sobre imigração. Presidido pelo republicano Elton Gallegly, da Califórnia, o grupo recomendou a adoção de muitos dos objectivos da Proposta 187 a nível federal. (...) Em 1996, Clinton assinou a Lei Antiterrorismo e Pena de Morte Efectiva (AEDPA) e a Lei de Reforma da Imigração Ilegal e Responsabilidade dos Imigrantes (IIRIRA) como parte das suas iniciativas "duras contra o crime". Estas leis alteraram fundamentalmente os direitos de todos os imigrantes - tanto indocumentados como residentes permanentes legais - nos Estados Unidos. A IIRIRA impediu os imigrantes indocumentados de receberem a maioria dos serviços e benefícios de saúde pública, incluindo subsídios do governo federal, contratos, licenças comerciais, reforma, segurança social, saúde, invalidez, assistência alimentar e subsídios de desemprego. A lei também exigia que os estados negassem os mesmos benefícios, a menos que aprovassem legislação que permitisse especificamente que os imigrantes indocumentados os recebessem. (...) Isto significava que os imigrantes podiam ser detidos e deportados mesmo por crimes menores e infrações quotidianas, como conduzir embriagado, não comparecer em tribunal, apresentar uma declaração de impostos falsa, passar cheques sem cobertura, furtar lojas, posse de drogas menores e infrações de trânsito." Erika Lee, America for Americans – a history of xenophobia in the United States. Basic Books/Hachette 2021, pp 278-279. Tradução: OLima.

1 comentário:

OLima disse...

A propósito de 'Capital israelita aumenta pressão imobiliária no Porto. Esquerda.'

Público de 3fev2024:
A Comunidade Israelita do Porto (CIP) enviou uma queixa à Procuradoria Geral da República contra os autores de cartazes que chamavam “assassi nos” a sionistas durante a manifesta ção pelo direito à habitação que decorreu no sábado passado no Por to, contra a associação Colectivo pela Libertação da Palestina e também contra o jornal Esquerda.net, o site doutrinário do Bloco de Esquerda, por discriminação e incitamento ao ódio e à violência. (...) A participação criminal contra o Esquerda.net e o Bloco de Esquerda deve-se à publicação de um artigo em que são identiÆcados, “nome por nome, empresa por empresa”, os investidores israelitas no imobiliário no Porto apresentados como “ligados à especulação” imobiliária, em que “até a construção de hotéis foi apresentada como imoral”. O texto descreve uma série de negócios de empresas israelitas na área do Grande Porto e aÆrma que a lei dos sefarditas, que permite a aqui sição de nacionalidade portuguesa aos descendentes de judeus sefardi tas, “foi chamariz para investidores”, e que poderá “abranger mais de um milhão de pessoas”. Salienta mesmo que os mecanismos de obtenção da nacionalidade “são anunciados em Israel como a oportunidade de ter acesso a um dos passaportes mais valiosos do mundo”. E lembra a investigação do PÚBLI CO sobre os processos instruídos pela Comunidade Israelita do Porto que levaram à intervenção do Ministério Público e depois à detenção do chefe da comunidade. O artigo afirma ainda que “o activismo pelo boicote, desinvestimento e sanções a Israel tem sido colocado sob pressão”, criticando o socialista Francisco Assis e governos como o de Donald Trump e dos conservadores ingleses por promoverem a “confusão entre povo judeu/religião judaica e interesses do Estado/empresas de Israel” com uma “falsa acusação de anti-semitismo”.