Foto: Rolf Hicker Photography/Alamy
- “Depois do que aconteceu a 7 de novembro, todos os democratas têm o dever dar um murro na mesa, exigindo que o MP seja, como a lei determina, um órgão autónomo (é dos mais autónomos da Europa), mas com organização hierárquica, pondo fim ao equívoco que faz alguns procuradores julgarem-se equiparados a juízes e travando a infiltração antidemocrática no Ministério Público. Ou o fazemos, ou acabaremos por nos transformar no Brasil, onde a justiça não passa de um instrumento de luta política, desacreditada, à vez, por uns e por outros.” Daniel Oliveira, You did it again, MP - Expresso.
- "Isamu Shibayama nasceu em Lima, Peru, a 6 de junho de 1930, filho de Yuzo e Tatsue Shibayama, imigrantes de Fukuoka, Japão. Batizado Carlos Arturo e conhecido como Art, Shibayama tinha treze anos e vivia confortavelmente em Lima quando os japoneses atacaram Pearl Harbor. Apesar de o ataque ter ocorrido nos Estados Unidos e de o Peru não ter sido um país beligerante, os nipo-peruanos ficaram assustados. A xenofobia anti-japonesa já se espalhava há décadas por toda a América Latina, muitas vezes influenciada pelas atitudes e ações dos Estados Unidos. Quando os boatos começaram a circular nas comunidades nipo-peruanas, os Shibayamas colaram-se ao rádio em casa à espera de notícias. Mas não estavam preparados para o que aconteceu depois. Junto com 1.800 nipo-peruanos, os Shibayamas foram presos pela polícia peruana, entregues às tropas americanas, retirados à força dos seus lares e do seu país, e enviados para campos de prisioneiros americanos em Crystal City, Texas. Permaneceriam encarcerados como 'estrangeiros inimigos' nos EUA até 1944". Erika Lee, America for Americans – a history of xenophobia in the United States. Basic Books/Hachette 2021, p 184.
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