terça-feira, 14 de novembro de 2023

Bico calado

  • Adeptos do Real Sociedad solidarizam-se com Gaza. Numa mensagem simbólica, compareceram ao estádio vestidos de branco, com máscaras cobertas de sangue e carregando bandeiras palestinas. A ação decorreu antes do jogo contra o Almería. Fonte.
  • Uma vez, os EUA entraram em guerra com base numa história falsa de soldados iraquianos que arrancavam bebés do Kuwait das suas incubadoras. Agora, enquanto os bombardeamentos israelenses tiram o oxigénio dos bebés em Gaza, os EUA bloqueiam resoluções de cessar-fogo e fornecem ao seu exército mais mísseis. Max Blumenthal, 20jul2021. Isto foi submetido ao fact check do Bard: "Sim, Max Blumenthal (@MaxBlumenthal) postou este tweet em 20 de julho de 2021. Os EUA entraram em guerra com o Iraque em 1991 com base na alegação de que soldados iraquianos tinham retirado bebés das incubadoras do Kuwait, matando-os. Esta afirmação foi posteriormente considerada falsa. Em maio de 2021, as forças israelitas lançaram uma campanha de bombardeamentos na Faixa de Gaza. Os bombardeamentos causaram danos generalizados e vítimas civis, incluindo a morte de crianças. Em 19 de julho de 2021, os EUA bloquearam uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que apelava a um cessar-fogo em Gaza. Os EUA também continuaram a fornecer armas a Israel durante o conflito. O tweet de Blumenthal é rigoroso ao afirmar que os EUA uma vez entraram em guerra baseados numa história falsa de soldados iraquianos arrancando bebés do Kuwait das suas incubadoras e que os EUA estão a bloquear resoluções de cessar-fogo e a fornecer a Israel mais mísseis enquanto os bombardeamentos israelitas retiram o oxigénio a bebés em Gaza.” (sic)

  • Membros do About Face, um grupo que representa veteranos dos EUA que são contra a guerra de Israel e a invasão da Faixa de Gaza, visitaram o gabinete da senadora Kirsten Gillibrand no Capitólio em Washington DC, solicitando um encontro para pedir o fim do cerco a Gaza e para um cessar-fogo. A senadora não os recebeu e chamou a polícia, que deteve alguns manifestantes. Uma das intervenientes [minuto 25:20] comparou o que está a acontecer em Gaza ao que fizeram ao seu povo Cheyene.
  • Em 1948, a Grã-Bretanha ajudou a “limpeza étnica” da Palestina por parte de Israel – a Nakba (catástrofe). Agora, a mesma Grã-Bretanha ajuda a fazer outra limpeza. Mark Curtis.

The Executioner’s Song – by Mr. Fish

  • “(...) Israel e os Estados Unidos estão a enviar uma mensagem assustadora ao resto do mundo. O direito internacional e o direito humanitário, incluindo a Convenção de Genebra, são pedaços de papel sem sentido. Eles não se aplicaram no Iraque. Eles não se aplicam em Gaza. Pulverizaremos seus bairros e cidades com bombas e mísseis. Assassinaremos desenfreadamente suas mulheres, crianças, idosos e doentes. Estabeleceremos bloqueios para provocar a fome e a propagação de doenças infecciosas. Vocês, as “raças inferiores” da terra, não importam. Para nós, você é um verme que precisa ser extinguido. Nós temos tudo. Se você tentar tirar alguma coisa de nós, nós o mataremos. E nunca seremos responsabilizados. Não somos odiados pelos nossos valores. Somos odiados porque não temos valores. Somos odiados porque as regras só se aplicam aos outros. Não para nós. Somos odiados porque nos arrogamos o direito de realizar massacres indiscriminados. Somos odiados porque somos insensíveis e cruéis. Somos odiados porque somos hipócritas, falando em proteger os civis, o Estado de direito e o humanitarismo, ao mesmo tempo que extinguimos a vida de centenas de pessoas em Gaza por dia, incluindo 160 crianças. (...) O cinismo de Israel e de Washington é de tirar o fôlego. Não há diferenças de intenção. Washington só quer que isso seja feito rapidamente. Corredores humanitários? Pausa no bombardeio? Estes são veículos para facilitar o despovoamento total do norte de Gaza. O punhado de camiões de ajuda autorizados a passar pela fronteira de Rafah com o Egito? Um truque de relações públicas. Existe apenas um objetivo – matar, matar, matar. Quanto mais rápido, melhor. Tudo o que as autoridades de Biden falam é sobre o que virá a seguir, quando Israel terminar a sua dizimação de Gaza. Eles sabem que o massacre de Israel não terminará até que os habitantes de Gaza vivam ao ar livre, sem abrigo, na parte sul da faixa e morram devido à falta de alimentos, água e cuidados médicos. (...) Pergunte a si mesmo: se você fosse um palestino em Gaza e tivesse acesso a uma arma, o que faria? Se Israel matasse a sua família, como você reagiria? Por que você se importaria com o direito internacional ou humanitário quando sabe que ele só se aplica aos oprimidos e não aos opressores? Se o terror é a única linguagem que Israel usa para fazer-se comunicar, a única linguagem que aparentemente entende, você não responderia com terror? A orgia de morte de Israel não esmagará o Hamas. O Hamas é uma ideia. Esta ideia é alimentada com o sangue dos mártires. Israel está a dar ao Hamas um abastecimento abundante.” Chris Hedges, O Terror, O TerrorSheerpost.
  • Colonos israelitas arrancaram 70 oliveiras antigas em Kafr Al-Dik, no norte da Cisjordânia ocupada. MEM.
  • Queda do Governo: Associação 25 de Abril denuncia "Golpe de Estado"“Desde há vários anos que o conceito Lawfare – assim definido pelo general americano Charles Dunlap – passou a substituir golpes de estado e pronunciamentos militares. Não utilizam a força, servem-se nomeadamente de uma imagem moralista e de combate à corrupção, mesmo que quem acusa seja menos moralista e mais corrupto do que os acusados, situação que é a que acontece normalmente. O que interessa que, na grande maioria das vezes, os factos não sejam comprovados? O efeito está alcançado, o golpe de Estado está consumado, o resto pouco interessa e rapidamente entra no campo do esquecimento”, esclarece Vasco Lourenço. “Se, passado um mês, António Costa não estiver constituído arguido, com uma acusação concreta da prática de um crime, o mínimo que se pode exigir é que a Procuradora Geral da República apresente o seu pedido de demissão! E, se tal não acontecer, há que exigir ao Presidente da República que seja ele a demiti-la!” Porto Canal.
  • “(…) A justiça é função dos juízes, constitucionalmente imparciais, independentes e irresponsáveis pelas suas decisões. O MP é simplesmente uma instituição auxiliar da justiça, especialmente quanto à investigação e à acusação penal, devendo, porém, mesmo aí, respeitar as prioridades de política penal definidas pela AR. Os magistrados do MP não são nem imparciais, nem independentes, nem irresponsáveis, estando inseridos numa hierarquia chefiada pelo PGR, e sendo pessoalmente responsáveis pela sua atividade, em última instância perante ele. O próprio PGR só é relativamente independente, visto que é livremente nomeado e demitido pelo PR, sob proposta do Governo, sendo, portanto, institucionalmente responsável perante aquele. Além disso, não sendo um órgão judicial, mas somente judiciário (o que não é a mesma coisa), o MP deve também prestar contas perante a AR e o País, por intermédio do PGR. A pretensa independência do MP, como se fosse uma magistratura equiparada à magistratura judicial, é uma ficção e um estratagema para torná-lo indevidamente imune à crítica pública. Decididamente, é preciso reverter o MP e o PGR para o seu lugar constitucional de órgão auxiliar da justiça responsável perante o PR e a AR, e não de um quarto poder político, sem a inerente legitimidade nem responsabilidade política, abusivamente autoerigido em instrumento de controlo da liberdade política dos governos na prossecução do interesse público. (...)” Vital Moreira, O Ministério Público é intocável? – Causa Nossa.
  • “(...) Por acaso temos três magistrados superiores condenados como corruptos, mas que continuam há anos em liberdade graças a recursos para os “Venerandos Conselheiros”, e temos um procurador do MP condenado num indecente caso de corrupção que espera inexplicavelmente uma prisão que o acolha há meia dúzia de anos. Querem dar-se ao respeito? Comecem por si mesmos.” Miguel Sousa Tavares, Um dia negro – Expresso.
  • "Durante cerca de dois anos, Helena Ferro de Gouveia acumulou funções de administração na Lusa e da Global Media, e ainda de diretora de comunicação do Grupo Bel, mas deixou de estar nas graças do empresário Marco Galinha. A meio deste ano, a presidente socialista de Almada deu-lhe a mão e mais 3.075 euros de avença mensal. O PÁGINA UM quis saber o que faz a conhecida comentadora da CNN Portugal em terras almadenses, mas Inês Medeiros não explica, enquanto Helena Ferro de Gouveia ficou de indicar, mas sem concretizar, o contacto do advogado Rogério Alves para esclarecer as  dúvidas sobre um contrato para fazer não se sabe bem o quê. Uma veniaga, em toda a sua aparência. Ou esplendor." Página Um.


Sem comentários: