Espinho: asfalto substitui relvado em Silvalde?
- Consta que zonas
relvadas no Bairro Piscatório de Silvalde vão ser alcatroadas porque, segundo
os responsáveis, as marés estragavam o ‘jardim’. Agora sim, todos os problemas
ficam resolvidos. Já não será preciso transportar o corta-relva e os
jardineiros para tratar da relva e o que restava das ‘árvores’, poupa-se
combustível e evita-se a dispersão de recursos humanos. O ideal teria sido
ripar, semear de novo, e até introduzir uma meia cana que facilitasse o
escoamento de água em excesso para a ribeira ali ao lado. Mas isso
representaria mais despesas, mais calos e mais preocupações, coisas de que
ninguém gosta e todos evitam. A solução
escolhida vai fazer com que os cães já não possam aliviar-se na suave
superfície vegetal e o mar, quando galgar, chegue mais depressa e facilmente às
portas das casas porque já não vai encontrar nada no seu caminho que faça
abrandar e absorver o seu avanço. A operação vai também permitir que a areia
transportada pelo vento atinja mais facilmente as fachadas das casas uma vez
que os espaços relvados conseguiam até agora absorver grande parte dela. Bom
trabalho. Mereceis uma medalha no próximo 16 de junho, patriótico dia do
orgulho espinhense.
- "Um novo espaço
verde vai nascer na zona envolvente à Vila Manuela, junto ao edifício do
Multimeios, constituindo-se como um prolongamento do Parque João de Deus. A
empreitada, orçada em 199.958 mil euros, prevê a plantação de 68 novas árvores
de variadas espécies, 26 arbustos e um sistema de rega. A execução da
empreitada, que deverá arrancar durante o mês de outubro, contempla ainda a
“demolição geral dos pavimentos existentes, reparação de outros pavimentos,
substituição de guias de separação de arruamento, estacionamento e passeios”,
assim como a “modelação de terreno da área a ajardinar, a pavimentação de
espaços não pavimentados e requalificação de áreas de lazer, a sementeira de
prado e a plantação de espécies nas áreas de espaços verdes”. De acordo com
o caderno de encargos a que o Maré Viva teve acesso, o prazo de execução da
empreitada é de 90 dias e nele consta o possível abate de oito árvores, sendo
que qualquer um deles deverá “primeiro ser aprovado pela equipa projetista e de
fiscalização, para confirmação dos exemplares a abater”. Em resposta ao pedido
de confirmação desta e outras informações, o Gabinete de Comunicação do
Município de Espinho afirma que “não está previsto o abate de árvores,
excetuando os casos em que se confirme que alguma das árvores atualmente
existentes na zona da intervenção, se encontra doente”. Relativamente à data de
início da empreitada, a mesma fonte indica que está atualmente a ser preparada
a consignação da obra, estando previsto que a mesma se inicie ainda durante
este mês. O preço base de lançamento do concurso público foi de 250 mil euros e
três empresas concorreram, sendo que o empreendimento foi atribuído à empresa
“Horto Flor do Penedo, Unipessoal, Lda.”, pelo valor de 199.958 euros. A
empreitada é cofinanciada pela candidatura “Requalificação do Espaço Exterior
da Villa Manuela”, do Programa Operacional Competitividade e
Internacionalização (COMPETE 2020), do Eixo VII – REACT-EU, e objetivo
específico – “Apoio à Transição Climática” na prioridade de investimento –
“Intervenções de Resiliência dos Territórios face ao Risco – Rearborização de
Espaços Verdes e Criação de Ilhas Sombra em Meio Urbano”. MV 4out2023. Um velho sonho
de anteriores executivos camarários.
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