Bico calado
- “Eu, o
Presidente e ministro dos Estrangeiros vimos um pequeno cão vestido de
bailarina em cima dos restos de um tanque russo. O pobre cão tremia de medo e
isso era a única coisa confrangedora da cena, imediatamente fotografada por
tudo o que era jornalista que estava perto. Compreende-se bem, a foto era
engraçada e toda a gente que estava perto, nós e muitos ucranianos, sorriam da
cena insólita. (...) O cãozinho podia estar a tremer ao ver tanta gente à sua
volta, mas saberia certamente distinguir entre os seus amigos e os seus
inimigos. Se estivessem russos à sua frente, ele olharia para as bandeiras dos
mortos, segurar-se-ia nas lagartas do tanque destruído e atirar-se-ia para
morder o invasor. O cão é ucraniano, é um patriota.” José Pacheco Pereira,
Público 2set2023.
- Sir Keir
Starmer gastou £500.000 de dinheiro trabalhista numa vingança política contra
aqueles que divulgaram um relatório revelando como o pessoal da sede sabotou a
campanha eleitoral de Corbyn. Starmer gastou mais de £ 210.000 sozinho numa
tentativa fracassada de aceder aos e-mails privados do chefe de gabinete de
Corbyn. Fonte.
- A BAE está a
aproveitar novas oportunidades para lucrar com a guerra na Ucrânia, tendo os
lucros aumentado 75% desde a invasão da Rússia. Agora a BAE espera abrir uma
fábrica na Ucrânia. Kyiv espera que isso aumente o emprego local. BBC.
- Os EUA
compraram 416 toneladas de urânio da Rússia no primeiro semestre de 2023, o que
é 2,2 vezes mais do que no mesmo período do ano passado e a maior quantidade
desde 2005, segundo dados do sistema estatístico federal dos EUA. Fonte.
- Os EUA deverão
tornar-se o segundo país, depois do Reino Unido, a dar luz verde ao envio de
bombas de urânio empobrecido para a Ucrânia, segundo a Reuters, apesar das
preocupações de que tais munições possam ter um efeito negativo dramático na
saúde pública e no ambiente.
- "A
repetição é essência da propaganda. As frequências de certas suposições
misturam-se numa espécie de ruído branco, com poucas hipóteses de sons
contrários serem ouvidos ou considerados. (...) Consideremos a expressão
‘despesas com a defesa’. Já a ouvimos inúmeras vezes. Parece natural. (...)
Quantas vezes ouvimos alguém na televisão, ou lemos um artigo num grande órgão
de comunicação social, dizer qualquer coisa como ‘Espera aí. Porque é que nos
estamos a referir ao orçamento do Pentágono como despesas de
"defesa"?’ (…) Ou, quantas vezes já ouviu um pivot de uma estação de
televisão referir que o governo dos EUA tem atualmente 750 bases militares a
operar em países e territórios estrangeiros, em comparação com não mais de três
dúzias para a Rússia e cinco para a China? (...) Quando uma gama limitada de
informações e visões do mundo é repetida incessantemente, é isso que domina as
câmaras de eco dos media. Entretanto, o poder das omissões - o que quase nunca
é mencionado - é enorme. Os silêncios prolongados podem ser extremamente
influentes. (...) O Pentágono anunciou que tinha ‘incorporado’ 750 jornalistas
de forma hospitaleira, que produziram mensagens mediáticas que levavam
continuamente o público americano a identificar-se com os bombardeiros e não
com as pessoas que estavam a ser bombardeadas. Em termos de percepção, os
jornalistas tornaram-se parte do aparelho invasor. (...) As autoridades querem
fazer-nos crer que o Departamento de Defesa se preocupa com as vidas dos civis.
No entanto, durante este século, o Pentágono matou muito mais civis do que a Al
Qaeda e outros grupos terroristas. (...)" Norman Solomon, War Made
Invisible: How America Hides the Human Toll of Its Military Machine (excerpt). Trad:
OLima.
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