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segunda-feira, 19 de junho de 2023

Bico calado

  • “Hoje é, para mim, um dia confessadamente feliz! Os anos foram passando e sempre fui tentando aumentar a minha formação, mas o desafio que me lancei há quase um ano de me aventurar ao Mestrado foi um desafio brutal! Não foi voltar a estudar (sempre estudei e hei de morrer a estudar); mas li, investiguei, enriqueci-me com os conhecimentos impressionantes de Professores e Colegas; e tive um gozo incrível nos livros, teses, dissertações, livros, artigos, normas (tanto e tão delicioso papel)! Terminou hoje a parte letiva e posso dizer com garbo que sou pós-graduado em Direito das Autarquias Locais (e, modéstia à parte, não me safei mal: o 18 de média deu-me um gozo do caraças)! Venha a próxima etapa: a dissertação!” João Carapeto, Secretário Área Metropolitana do Porto, ex vogal PS na Assembleia Municipal de Espinho.

  • Em 1956, o Presidente Eisenhower apoiou a sabotagem das eleições democráticas no Vietname - eleições que tinham sido acordadas numa conferência das Nações Unidas em 1954 e que Eisenhower admitiu mais tarde que teriam sido ganhas por Ho Chi Minh "com oitenta por cento dos votos". O resultado foi a divisão artificial do Vietname e a invenção de um "aliado" sul-vietnamita pelos Estados Unidos. Criou-se um aparelho de terror de Estado, dirigido pela CIA, que teve tanto êxito que chegou a ser responsável por metade de todos os casos mundiais registados pela Amnistia Internacional. A CIA chegou mesmo a fornecer um Primeiro-Ministro pronto a usar, Ngo Dinh Diem, cujo "regresso triunfante" dos Estados Unidos à sua pátria foi obra de um tal Coronel Edward Landsdale. Diem descrevia-se a si próprio como "o George Washington da Ásia". As notícias destas maquinações raramente chegavam à Austrália. A eleição de John Kennedy em 1960 foi considerada um "recomeço" para as relações americano-australianas. O Presidente Kennedy, um liberal, começou por anunciar que os Estados Unidos tinham uma "missão" no mundo. No longínquo Vietname, esta "missão" traduziu-se em bombardeamentos extensivos, na introdução de esquadrões da morte e na pulverização de florestas e culturas com herbicidas tóxicos. O objetivo e o efeito desta ação era expulsar vários milhões de pessoas das suas terras e levá-las para campos de concentração conhecidos como "aldeias estratégicas", onde eram "protegidas dos seus compatriotas que resistiam ao ataque estrangeiro". John Pilger, A secret country (1989) – Vintage 1992, p 175.

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