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sexta-feira, 9 de junho de 2023

“Areais das praias só poderão ter construções amovíveis” – a sério?

21 de fevereiro de 2010: Lançamento das fundações para mais um bar de praia junto da Piscina Solário Atlântico, em Espinho

28 de fevereiro de 2017: Praia da Baía, Espinho. Foto de António Manuel Monteiro Silva

“Areais das praias só poderão ter construções amovíveis”, titula o Defesa de Espinho de 8 de junho de 2023. E continua: “O Regulamento de Gestão das Praias Marítimas entre Caminha e Espinho, que está em consulta pública desde 22 de maio até 4 de julho, exclui concessões ou licenças nas 46 áreas críticas identificadas no Programa da Orla Costeira (POC), onde está inserida a lagoa de Paramos. O novo regulamento só permitirá a execução dos apoios de praia e equipamentos recorrendo à utilização de sistemas construtivos flexíveis que permitam uma montagem e desmontagem facilitada, ou a sua composição por módulos agrupáveis quando a sua localização permita o acesso a um transporte pesado.”

Nada que o anterior POC não tivesse estabelecido. Apesar disso, em fevereiro de 2010, em Espinho, no enfiamento da Piscina Solário Atlântico, preparava-se a implantação de um bar de praia sobre estacas em betão. Tudo isto com o beneplácito das autoridades competentes. Alheio ao sistema estabelecido e aos truques aplicados, o mar mostra periodicamente que quem manda na praia é ele e não criaturas que se julgam inteligentes, criativas, empreendedoras e com poder. Em 28 de fevereiro de 2017, o mar resolveu fazer uma visita de soberania a território que é dele mas que a soberba, a ignorância, a arrogância e a ganância de alguns teimam em invadir e ocupar. Outras visitas de soberania constam da agenda  de Neptuno.

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