Bico calado
- A UE redireciona
cerca de 2 mil milhões de euros destinados à construção de estradas e outras
infraestruturas nos países pobres da UE para a produção de munições para a
Ucrânia. Joe Barnes,
The Telegraph.
- Até agora,
falar russo em vez de letão não era um problema, mas a guerra na Ucrânia veio
alterar a situação. O governo da Letónia exige agora um teste de língua às
20.000 pessoas no país que possuem passaportes russos, na sua maioria idosos e
mulheres, porque a lealdade dos cidadãos russos é uma preocupação, disse
Dimitrijs Trofimovs, secretário de Estado do Ministério do Interior. Andrius Sytas, Reuters.
- E se censurar
livros apenas os tornar mais populares? Desde ‘O Amante de Lady Chatterley’ a
romances sobre crianças trans, as tentativas de suprimir obras literárias
tendem a ter o efeito contrário. Emma Smith,
The Guardian.
- «Ao abrigo do
"Assisted Passage Scheme", os imigrantes pagavam um valor simbólico
de 10 libras e concordavam em permanecer no país durante dois anos. Os
britânicos, conhecidos como "Ten Pound Poms", emigraram com tal
entusiasmo que a falta de mão-de-obra ameaçou o mercado interno. Os países
mediterrânicos enviaram sobretudo homens jovens, e não por altruísmo nacional.
Os governos conservadores e social-democratas da Grécia e de Itália, receando a
ascensão de movimentos de esquerda, promoveram a emigração de jovens em idade
de votar. Foi o que aconteceu durante a década de 1920, quando um grande número
de italianos antifascistas foi encorajado a encontrar trabalho nas plantações
de açúcar de Queensland. Havia, no mínimo, uma ambivalência em relação aos
europeus do sul, e apenas uma minoria recebia apoio para as passagens. Um
relatório do Governo, meio século antes, tinha descrito os italianos do sul
como "os chineses da Europa... escória e lixo", enquanto os do norte,
de pele mais clara, eram "prósperos, bem pagos e de cabeça comprida... os
escoceses de Itália' e muito preferíveis".» John Pilger, A secret country (1989) – Vintage
1992, pp 111-112.
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