Tucker, à direita, segura uma AK47 enquanto posa com dois funcionários da DynCorp no Iraque em 2004
- Tucker Carlson – O pedigri de um brilhante populista de fachada: 1) o pai foi nomeado por Reagan para dirigir a Voice of America, uma rede criada pela CIA, responsável por uma campanha tremenda pela mudança de regime na Nicarágua; 2) Em video clips não publicados Tucker admite que foi à Nicarágua para "se envolver na guerra e apoiar o lado que estava certo, que não era o lado sandinista"; 3) recortes de notícias mostram Carlson ao lado da candidata apoiada pela CIA, Violetta Chamorro, no momento em que esta ganhou as eleições; 4) Tucker a tentar aderir à CIA; 5) Documentos desclassificados da CIA mencionam o trabalho de Carlson como inestimável para os ajudar a "gerir um pesadelo" – sendo o pesadelo as revelações de que a Agência estava envolvida na inundação de comunidades negras americanas com cocaína na década de 1980; 6) Tucker foi um dos principais propagandistas da invasão do Iraque; 7) video clips mostram Carlson descrevendo-se como um "elitista fora do armário" cujo trabalho é distrair os "campónios" que assistem ao seu programa dos verdadeiros centros de poder para questões frívolas. Alan MacLeod, MPN.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico gastou 80,697 libras esterlinas em fundos públicos para apoiar a campanha do opositor venezuelano Juan Guaidó para se apoderar de cerca de 2 mil milhões de dólares em ouro detidos no Banco de Inglaterra, revelam documentos obtidos pelo Declassified UK.
- Família do jornalista basco preso na Polónia (Pablo González) chocada com pedido de liberdade imediata do governo espanhol para jornalista norte-americano preso na Rússia. Acusam Espanha de não fazer o mesmo com o repórter basco porque está preso no Ocidente. Público.
- OS ROMANOS ESTÃO CERCADOS PELOS GAULESES. Hugo Dionísio.
- "Há alturas em que os jornalistas ficam totalmente envergonhados da sua profissão e de algumas das pessoas que a exercem. Já experimentei esse sentimento de vergonha por muitas e variadas razões. Mas o pior caso com que me deparei foi, de longe, em 1978, quando me interessei pela situação dos aborígenes da costa sul, pela sua saúde e condições de vida. Algumas pessoas tinham telefonado ao Illawarra Mercury para se queixarem de que os aborígenes em Nowra e numa missão conhecida como Wallaga Lake estavam a viver na miséria e expostos a doenças. Com um fotógrafo de confiança, dirigi-me para sul. Durante os dias que se seguiram, vi coisas degradantes: jovens mães aborígenes e os seus bebés a viverem em destroços de carros, famílias em cabanas, doenças e enfermidades generalizadas, adolescentes alcoólicos, desespero e desânimo. Escrevi sobre a desmoralização dos aborígenes da Costa Sul numa série especial para o llawarra Mercury. As histórias ainda não tinham saído para as ruas quando um jornalista de longa data da Costa Sul me telefonou a manifestar o seu espanto. ‘Está a falar a sério sobre essas histórias?’, perguntou ele. Respondi-lhe que nunca tinha sido tão sério na minha vida. Este escriba começou então a criticar-me durante alguns minutos por ter tido a ousadia de escrever as histórias e depois reivindicá-las como peças exclusivas de jornalismo. ‘Há anos que conheço os Aborígenes e as suas condições’, disse ele. Nessa altura eu já estava a ficar zangado. ‘Então porque raio não escreveu sobre isso?’ perguntei. E a sua resposta fez-me ter vergonha da profissão que tinha escolhido seguir. Ele disse: ‘Nunca me preocupei por duas razões: ‘Em primeiro lugar, eles são apenas guaxinins e vivem como animais de qualquer maneira. E, em segundo lugar, ninguém se importa.’ Não tive vontade de continuar a conversa e desliguei. Mas, nas semanas seguintes, deparei-me com zombarias e troças. As pessoas até me paravam na rua com o típico comentário insultuoso: ‘Não tens mais nada para escrever, amigo?’” John Pilger, A secret country – Vintage 1989, pp 81-82.
Sem comentários:
Enviar um comentário