Bico calado
- 13 militares
do “NRP Mondego” recusaram ocupar os respetivos postos na preparação da largada
para execução de uma missão, na noite do dia 11 de Março, de acompanhamento de
um navio russo ao largo do Porto Santo, alegando várias limitações técnicas designadamente
o facto de um motor e um gerador de energia eléctrica estarem inoperacionais e
não haver um sistema de esgoto adequado para armazenar os resíduos oleosos a
bordo, ficando estes acumulados nos porões, aumentando significativamente o
risco de incêndio. O comandante do navio reportou à cadeia hierárquica que,
apesar das limitações mencionadas, tinha condições de segurança para executar a
missão. Os militares em causa, não cumpriram com os seus deveres
militares, usurparam funções, competências e responsabilidades não inerentes
aos postos e cargos respectivos. Funchal Notícias. Com tantas
avarias há muito tempo acumuladas, porquê só agora as reportam? Se o navio
fosse ucraniano a atitude dos 13 teria sido a mesma? Se, como se queixaram nas
televisões, o material militar português deixa muito a desejar em termos de
operacionalidade por estar velho e carecer de manutenção, porque se enviou blindados
para a Ucrânia?
- O jornalista
Yves Engler perguntou à
ministra canadiana dos Desportos Pascale St-Onge, que defende a
ausência de atletas russos e bielorussos de competições internacionais, se
defendia o mesmo em relação aos atletas norte-americanos quando os EUA invadiram
o Iraque, ou em relação aos atletas canadianos quando o Canadá bombardeou a
Líbia. Ela voltou-lhe as costas e fugiu para o elevador.
- O Primeiro-Ministro australiano Anthony Albanese acaba de
comprometer a Austrália a gastar 368 mil milhões de dólares em três a cinco
submarinos em segunda mão da classe Virginia dos EUA, e na continuação da
construção de oito submarinos nucleares britânicos AUKUS de nova geração. É um
erro estratégico, escreve o antigo marinheiro de submarino Rex Patrick: «Este investimento não se traduzirá em benefícios para a
economia australiana, porque não há planos para o país uma indústria nuclear
civil. Mesmo que a Austrália fosse por aí, os EUA não concederiam a libertação
ou a aprovação da transferência de tecnologia nuclear. A pensar no seu futuro
submarino, a Austrália já passou por um "Filho de Collins"
australiano com Rudd, por um submarino japonês com Abbot, por um submarino
francês com Turnbull, por um submarino americano e britânico com Morrison e
Albanese. A realidade é que à medida que os governos mudam, e isso inclui os
EUA e o Reino Unido, o programa vai mudar novamente. E isto para não mencionar
mudanças significativas que poderão ter lugar nas nossas circunstâncias
geoestratégicas.»
- "Já não confiamos nos parceiros do Ocidente nem
permitiremos que explodam mais oleodutos. A Alemanha foi física e moralmente
humilhada. O que está agora a acontecer é reduzir a Europa a um ator
subordinado dos EUA e arruinar o elo económico entre a Rússia e a UE".
Lavrov.
- Os ativistas apoiados pelo Ocidente, que saíram à rua com
bandeiras da UE contra a lei dos "agentes estrangeiros", estavam na
realidade a marchar contra a versão georgiana de uma lei promulgada pelos EUA
em 1939. Erkin Oncan, Strategic Culture.
- UE está a preparar uma lei similar à da Georgia apesar de
ter dito que no caso da Georgia era um ataque à democracia se fosse aprovada. NICHOLAS VINOCUR,
Político.
- Diplomatas de 15 europeus apelaram a Israel para pôr
termo ao despejo de famílias palestinianas das suas casas em Sheikh Jarrah,
Silwan e na Cidade Velha de Jerusalém Oriental ocupada. MEM.
- O ex-arcebispo
de Cantuária, Lord Williams, é um dos 17 bispos e 20 outros líderes religiosos
que divulgaram no dia 13 de março uma carta aberta ao primeiro-ministro britânico
pedindo que o Governo aumente os impostos sobre os ricos, de modo a poder
apoiar as famílias mais pobres a enfrentarem a atual “crise do custo de vida”. Este
pedido contraria a pressão feita na semana anterior por alguns deputados do
Partido Conservador para que no próximo Orçamento de Estado o Governo de Rishi
Sunak reduza as taxas dos impostos sobre o rendimento dos mais ricos. Jorge Wemans, 7 Margens.
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