quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Bico calado

  • Miguel Reis “mais fácil de comprar” que Pinto Moreira. Alexandre Panda, JN 25jan2023.
  • Doadores privados, incluindo empresas de jogo e céticos do clima patrocinam funcionários e gabinetes dos deputados britânicos, entregando mais de 1 milhão de libras esterlinas em apenas um ano. Outros doadores incluem bancos, empresas imobiliárias e cristãos evangélicos. Andrew Kersley, openDemoracyA notícia refere apelas parlamentares trabalhistas beneficiados com estes patrocínios. A subida dos trabalhistas nas sondagens terá a ver com estes truques?
  • Em África havia dinheiro, tempo livre, empregados, pleno emprego, bons ordenados, hábitos modernos de consumo, piqueniques e farras. Antes de serem retornados, os colonos portugueses foram peões no xadrez colonial. Elsa Peralta ao Setenta e Quatro.

  • "Em junho de 1954, com o Pipeline [conjunto de campos de detenção do Quénia] a ultrapassar a capacidade, o Conselho de Guerra decidiu introduzir a versão da política de realojamento da Malásia. O objetivo era cortar as linhas de abastecimento entre os civis Mau Mau e a guerrilha, controlando ao mesmo tempo a população Kikuyu e sujeitando-a a punições e multas coletivas, bem como a trabalhos forçados e outras políticas e práticas em curso nos campos de detenção. O governo do Quénia chamou-lhe "aldeialização". Os seus funcionários forçaram os Kikuyus, que tradicionalmente viviam em casas dispersas, a entrar em 804 aldeias com 230.000 cabanas. A aldeialização demorou menos de dezoito meses. Durante esse tempo, funcionários quenianos deslocaram à força 1.040.899 Kikuyus dentro das reservas e encurralaram um número não registado de ocupantes das White Highland em linhas de trabalho como as da Malásia. Estas linhas de trabalho eram efetivamente centros de detenção privados, localizados em propriedades europeias, onde os colonos e as forças de segurança do Quénia vigiavam, puniam e forçavam a mão-de-obra dos Kikuyu, utilizando métodos semelhantes aos que estavam a ser utilizados nas novas aldeias de reserva Kikuyu». Caroline Elkins, Legacy of Violence – a History of the British Empire. The Bodley Head/Penguin 2022, pp 561-562.

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