COP15 – acordo histórico?
- Após mais de
quatro anos de negociações, quase 200 países assinaram um acordo na Cop15 da
biodiversidade para colocar a humanidade no caminho de viver em harmonia com a
natureza até meados do século. O acordo inclui objetivos de proteger 30% do
planeta para a natureza até ao final da década, eliminar 500 mil milhões de
dólares de subsídios prejudiciais para o ambiente, e restaurar 30% dos
ecossistemas terrestres, de águas interiores, costeiros e marinhos degradados
do planeta. Os governos também acordaram acções urgentes para travar a extinção
de espécies em vias de extinção e promover a sua recuperação. Tal como na Cop27
do mês passado no Egipto, as divisões em relação ao dinheiro foram o principal
ponto de atrito nas últimas horas de negociações. No acordo final, os países
decidiram criar um novo fundo no âmbito do principal mecanismo de financiamento
da biodiversidade existente na ONU e comprometerem-se a convergir sobre um
fundo separado em conversações futuras. Os países ricos concordaram em fornecer
30 mil milhões de dólares de ajuda para a biodiversidade até ao final da
década. Embora este acordo não seja juridicamente vinculativo, os governos terão
a obrigação de mostrar os seus progressos no cumprimento dos objetivos com
planos nacionais de biodiversidade, à semelhança das contribuições determinadas
a nível nacional, que os países utilizam para mostrar progressos no cumprimento
do acordo climático de Paris. Há quem se manifeste desiludido com a linguagem
mais fraca do que o esperado sobre o consumo e a utilização de pesticidas,
fatores significativos de perda de biodiversidade. O conceito de "natureza
positiva", considerado por alguns cientistas como o equivalente da
biodiversidade ao "net zero" (neutralidade carbónica), não consta do
acordo. Patrick
Greenfield e Phoebe Weston,
The Guardian.
- Um relatório de
uma comissão de deputados britânicos conclui que o hidrogénio é demasiado caro
e ineficiente para se tornar um substituto do gás natural no aquecimento
doméstico. Segundo o documento, o hidrogénio é esmagadoramente produzido a
partir de combustíveis fósseis que requerem captura e armazenamento de carbono,
o que não é implementado à escala necessária para dar um contributo
significativo para a redução de emissões. A criação de hidrogénio
"verde" sem combustíveis fósseis necessita de uma enorme quantidade
de eletricidade renovável barata, que o Reino Unido não possui. Oliver Wright,
The Times.
- Passes de
autocarros de 2 libras vão poupar 2 milhões de viagens de carro em Inglaterra. Gwyn Topham,
The Guardian.
Sem comentários:
Enviar um comentário