Recortes de notícias ambientais e outras que tais, com alguma crítica e reflexão. Sem publicidade e sem patrocínios públicos ou privados. Desde janeiro de 2004.
terça-feira, 15 de novembro de 2022
Bico calado
Em 13 de maio
de 2014, na Comissão de Defesa Nacional na Assembleia da República, Jorge
Machado (PCP) interpelou o Ministro da Defesa Aguiar-Branco (2011-2015) sobre o
papel da UE, dos EUA e da NATO em relação ao conflito que envolve a Rússia, a
Crimeia e a Ucrânia. Há 8 anos parece ter sido dito o essencial.
«Em 17 de
agosto de 1823, dez a doze mil escravos revoltaram-se contra as sua situação de
pobreza e de falta de liberdade. ‘A consequência do mau comportamento destes
escravos, é que eles estão neste momento a sofrer todos os horrores que
acompanham a existência da Lei Marcial', afirmou o governador de Demerara, John
Murray, 'que fui obrigado a aplicar em parte da Colónia, com toda a severidade
que a acompanhou. ... Deus salve o Rei'. A ordem foi restaurada em quarenta e
oito horas, embora a lei marcial tenha permanecido em vigor durante o
julgamento ordenado pelo governador de dezenas de alegados líderes da insurreição.
Alguns foram açoitados publicamente, outros foram executados e as suas cabeças
cortadas pregadas a postes, e alguns foram enforcados em correntes no exterior das
plantações onde os seus cadáveres permaneceram suspensos durante meses, para
que 'pudessem produzir efeitos salutares'.» Caroline Elkins, Legacy of Violence – a History of the
British Empire. The Bodley Hed/Penguin 2022, p 52.
Sem comentários:
Enviar um comentário