Bico calado
- Novos documentos revelam que as tropas israelitas
tentaram envenenar poços e contaminar a água potável da comunidade palestiniana
em 1948 sob o primeiro Primeiro-Ministro israelita David Ben-Gurion (David
Grün). A operação "Lança o Teu Pão" tinha por objetivo envenenar
poços com bactérias em bairros árabes e até algumas zonas judaicas para evacuar
vários locais e expandir o Estado em construção. A operação foi inspirada pelo
plano dos Vingadores de envenenar as fontes de água e comida na Alemanha após a
segunda guerra mundial O jornal israelita Haaretz publicou um extenso artigo sobre os documentos e o
envolvimento de altos funcionários, tais como o primeiro-ministro e generais
militares. Embora parcialmente denunciado há décadas, a extensão da operação,
bem como o envolvimento de altos funcionários, permaneceu secreta até agora.
The Cradle.
- A BMW prepara a transferência da produção dos seus minis
eléctricos do Reino Unido para a China. A BMW fabrica 40.000 minis elétricos por ano na sua
fábrica de Cowley nos arredores de Oxford e planeia terminar a produção até ao
final do próximo ano. Urvi Dugare Chris Reese, Reuters. E depois acusam não só a China de ser o país mais
poluidor do mundo mas também de ter demasiado poder económico que urge travar e
quiçá destruí-lo.
- A Monsanto foi condenada a pagar 275 milhões de dólares
por causar danos cerebrais a crianças em idade escolar. Law360.
- Guardas de estilo paramilitar instalam medo nos
trabalhadores dos campos de cana dominicanos. Uma das maiores fornecedoras de
açúcar aos Estados Unidos, a Romana Central na República Dominicana, está a ser
alvo de escrutínio governamental por práticas laborais. Sandy Tolan e Euclides
Cordero Nuel, The Intercept.
- «No início de agosto, as forças do Federal Military Government
tinham retomado a totalidade dos estados do sudeste e de Rivers e os orientais
estavam agora confinados a um pequeno enclave, bloqueados do mundo exterior. O
ministro da Commonwealth Lord Shepherd reportou a Harold Wilson dizendo, que 14
meses desde a secessão de Biafra: "O nosso apoio ao FMG encontra-nos na
posição em que estamos em termos comparativamente bons com o lado que está numa
posição esmagadoramente vantajosa (...) É importante, portanto, que não sejamos
manobrados pela pressão da opinião alimentada pela publicidade de Ojukwu, a
abandonar nesta fase tardia todas as vantagens que a nossa política até agora
parecia susceptível de nos trazer". Neste mesmo mês, a Cruz Vermelha calculava 2-3 milhões de
pessoas se encontravam "em situação de extrema necessidade" e que um
número semelhante estava a enfrentar carências de ajuda alimentar e médica. Wilson não vergou à pressão pública. No mês seguinte,
disse isso a Gowon: "O governo britânico, por seu lado, tem mantido
firmemente a sua política de apoio à Nigéria Federal e tem resistido a todas as
sugestões no parlamento e na imprensa para uma mudança nessa política,
particularmente no que respeita ao fornecimento de armas". O Ministério dos Negócios Estrangeiros argumentava que
"o conjunto dos nossos investimentos na Nigéria e particularmente os
nossos interesses petrolíferos no sudeste e no centro-oeste estarão em risco se
mudarmos a nossa política de apoio ao governo federal.” Em novembro, Lord Brockway e a sua comissão para a paz na
Nigéria encontraram-se com Wilson e instaram-no a suspender as vendas de armas
e a pressionar por um cessar-fogo, prevendo que poderia haver 2 milhões de
mortes por fome e doenças até ao final do ano. Wilson não só rejeitou este
apelo, como ainda, segundo os ficheiros secretos, dois dias mais tarde,
concordou em fornecer à Nigéria, pela primeira vez, aviões num acordo secreto.» Mark Curtis, Unpeople, Britains’s secret human rights
abuses – Vintage 2004, p 177-178.
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