Alemanha: bombas de calor em vez de obras de isolamento térmico

• O governo alemão deixou de apoiar obras de isolamento térmico de modo a tornar as casas mais eficientes em termos energéticos e passou a apoiar a substituição de caldeiras a gás para bombas de calor. A mudança, anunciada discretamente em Julho, quando a atenção dos media era baixa, deixou os ambientalistas furiosos. "Estamos chocados com as alterações ao financiamento federal para edifícios eficientes", disse Barbara Metz, directora federal da ONG Acção Ambiental da Alemanha. "Esta alteração súbita é uma rejeição da proteção do clima no setor da construção", fumegou. Esta é uma grande notícia para os fabricantes alemães de bombas de calor como a Viessmann, Bosch e Stiebel Eltron, que recebem subsídios governamentais. Mas são más notícias para os promotores da eficiência energética. Um edifício bem isolado requer muito menos energia do que um edifício mal calafetado. Isto foi reconhecido pela Comissão Europeia, que publicou uma estratégia de "Onda de Renovação" em 2020, salientando que "renovações profundas que reduzem o consumo de energia em pelo menos 60% são realizadas apenas em 0,2% do stock de edifícios por ano". Nikolaus J. Kurmayer, EurActiv.

• A Suíça confirmou Laegern, a norte de Zurique, perto da fronteira alemã, como o local preferido para um cemitério nuclear. A NAGRA, empresa responsável pelo armazenamento dos resíduos nucleares do país durante pelo menos os próximos 200.000 anos (sic), afirmou que a argila opalina encontrada na área fornece a maior barreira geológica, a melhor estabilidade rochosa e um elevado grau de flexibilidade para o depósito subterrâneo em comparação com os dois outros locais analisados. A compensação para as regiões afetadas, incluindo na Alemanha, ainda tem de ser decidida. Today Online.

• Derrame de águas residuais de minas de carvão a sul de Sydney transforma ribeira do Parque Nacional Real em lodo preto. É o terceiro incidente de poluição por carvão investigado este ano pela New South Wales Environment Protection Authority, envolvendo a mina da Peabody Energy em Helensburg. A poluição, que se seguiu a fortes chuvas, ocorreu depois de as águas superficiais e sedimentos no local da mina terem transbordado para o Camp Gully Creek, um afluente do rio Hacking. Em junho  passado, a Peabody Energy foi multada em 15 mil dólares por ter poluído um rio. Rafqa Touma e Lisa Cox, The Guardian.

• A exploração mineira está a "estimular a desflorestação tropical" com as maiores perdas no Brasil, Indonésia, Gana e Suriname. 80% da desflorestação tropical ligada à exploração mineira desde 2000 teve lugar nesses países, de acordo com a investigação publicada nos Actosda Academia Nacional de Ciências. Gloria Dickie, Reuters.

• SECREDOS DE PUTUMAYO, um excelente filme que mostrar as consequências a longo prazo do que os britânicos fizeram nas profundezas da Amazónia. Em 1910, Roger Casement, cônsul britânico no Brasil, foi encarregado de investigar uma empresa peruana líder do comércio de borracha em expansão na América do Sul. O seu relatório detalhava os horrores incalculáveis do trabalho escravo que testemunhou em relação aos indígenas amazónicos. Narrado por Stephen Rea, o realizador Aurélio Michiles, o filme de Aurélio Michiles, recolhe materiais de revistas, material de arquivo, postulações históricas, e histórias orais comoventes de descendentes dos escravizados. Youtube.