terça-feira, 30 de agosto de 2022

Bico calado

  • O governo dos EUA está a contratar 87.000 novos agentes do IRS para garantir que mais dinheiro dos seus cidadãos vá para a Ucrânia, onde os parlamentares acabam de aprovar para si próprios um aumento de salário de 70% financiado pela ajuda internacional. LINDSEY SNELL e CORY POPP, The Grayzone.
  • Zelensky fez uma aliança com a Polónia e prometeu-lhe a Galiza Oriental em troca do seu compromisso militar contra a Rússia. A história repete-se, sempre em detrimento do povo ucraniano. No final da Primeira Guerra Mundial, o governo ucraniano fez uma aliança com a Polónia contra a Rússia. Ao contrário da crença popular, não se tratava de recuperar a parte do seu território que tinha sido anexada pela URSS, mas de fazer recuar a influência russa na Europa Central. Assim, ofereceu a Galiza ocidental à Polónia como pagamento pelo seu compromisso contra Moscovo (Tratado de Varsóvia, 1920). Colocou então o exército ucraniano sob comando polaco. A guerra terminou com a derrota da Polónia e da Ucrânia. Reseau International.
  • Depois de uma empresa de capital privado ter comprado o St. Joseph's Home for the Aged, em Richmond, Virgínia, a empresa reduziu o pessoal, retirou comodidades, e preparou o terreno para um surto mortal de COVID-19. Yasmin Rafiei, The New Yorker.
  • O Burnay foi à tosquia e saiu tosquiado. Major-General Carlos Branco, in Facebook, 25/08/2022. Via A estátua de sal.
  • Lucros das seguradoras voltam a subir. Setor quer aumentar os preços. Lucros do primeiro trimestre do ano ultrapassaram os de 2019, antes da pandemia. Agora, a associação das empresas seguradoras ameaça com aumentos de preços por causa da inflação. Esquerda.
  • «A propaganda começa logo nas palavras. Cá são “empresários”, lá são “oligarcas”. Cá são “democracias liberais” (mesmo quando matam tanta gente, como o apartheid de Israel), lá são pelo menos “regimes” ou “brutais ditaduras” (mesmo que garantam dos melhores níveis de desenvolvimento humano na região comparável, como Cuba). etc. (…) Já não há trabalhadores, há “colaboradores”. Já não há patrões, há “CEO”. Os lucros são uma “virtude”, os salários (de quem fabricou o produto e criou a riqueza) são um “custo”. (…) Queres melhor saúde? Toma lá um sub-financiamento crónico propositado. Queres uma carreira? Toma lá uma cativação, e 500 horas extra, e não te queixes. Queres investimento? Toma lá um ajuste directo para a negociata do amigo/conhecido. Queres menos impostos? Toma lá um seguro que é para pagares o dobro. Estás com pressa? Toma lá uma lista de espera. A coisa está preta? Toma lá uma urgência fechada. O quê? a Esquerda tem soluções baseadas nas ideias de Arnaut? Isso é “irresponsável”! Vamos antes para eleições! (…) Os países inteiros são “ditaduras”. Os países destruídos são “democracias”. A resistência dos invadidos é “terrorismo”. Os crimes de guerra dos invasores são… não são nada. E ai de quem sequer falar neles. Será silenciado com dólares, ou com cassetetes. Quem faz um Assange, faz dois ou três. E se andarem onde não devem, ops, lá vai uma “bala perdida” para a cabeça da Shireen Abu Akleh. E lá continuam eles com a propaganda que começa nas palavras: não é apartheid, é “única democracia liberal do Médio Oriente”. Não é terrorismo económico que mata crianças à fome, são “sanções para castigar os Talibã. Não é roubo colonial, é “operação militar especial de tropas da defensiva NATO para garantir o petróleo e os cereais da malvada Síria”. Não é racismo sistémico, são “forças da ordem que têm de nos salvar de terríveis criminosos colocando um joelho no seu pescoço”. Não é invasão NAZI em violação de acordos de PAZ contra civis do Donbass 9 dias antes da Rússia ter de intervir, é “defesa da democracia Ucraniana contra os separatistas pró-Russos”. E não é massacre de refugiados escuros na fronteira de Espanha, é “um sucesso do aliado Marrocos”. (…)» Carlos Marques. A estátuade sal.

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