sexta-feira, 22 de julho de 2022

Bico calado

  • «Estou a fazer um percurso político na Assembleia da República que me orgulha e que me deixa particularmente honrado. Temos que saber aproveitar as oportunidades que surgem no exercício dos cargos. Por isso, aceitei sem pestanejar o convite que agora me foi feito no Parlamento, onde estou há apenas 4 meses. Serei capaz de executar um excelente trabalho na vice-presidência do grupo parlamentar do PSD e particularmente na área da defesa que hoje, por más razões, está no topo das preocupações mundiais.» Pinto Moreira, Defesa de Espinho 21jul2022.
  • «Orlando Macedo [presidente do Curral da Mula] agradeceu ainda a Manuel Violas, ‘que há 40 anos exerce a função de presidente da Assembleia Geral do Curral da Mula, sem qualquer retribuição pecuniária’, bem como a ‘Pedro Violas e Sá, presidente do nosso conselho fiscal, por nunca ter reprovado as nossas contas e um agradecimento especial à administração da Solverde SA.’» Defesa de Espinho 21jul2022.
  • Há mais de um ano que o semanário NOVO se negava a pagar o trabalho de mais de uma dezena de jornalistas. O actual assessor de imprensa da Iniciativa Liberal foi director do jornal durante esse período. Abril Abril.

  • «(...) os russos foram forçados a assinar o pacto pela recusa reiterada das potências ocidentais, particularmente dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, em assinar um tratado de defesa mútua com Moscovo, numa posição contra Hitler. Os russos tinham boas razões - sendo uma delas a sua lendária rede de espionagem internacional - para acreditar que Hitler acabaria por os invadir, o que seria óptimo para as potências ocidentais, que, na célebre conferência de Munique de 1938, esperavam dar um empurrãozinho a Hitler para leste. (Tratou-se, assim, de um "conluio" ocidental com os nazis, e não do tão famoso "apaziguamento" deles; este último tem sido invocado ao longo dos anos em numerosas ocasiões para justificar a ação militar americana contra o perigoso inimigo do mês). Por isso, os soviéticos sentiram-se obrigados a assinar o tratado com Hitler, para poderem parar por algum tempo enquanto construíam as suas defesas. (Hitler, entretanto, concentrou-se mais nos seus planos de invasão da Polónia). Do mesmo modo, as "democracias" ocidentais recusaram-se a ajudar o governo socialista espanhol sitiado pelos fascistas alemães, italianos e espanhóis. Hitler tirou uma lição importante destes acontecimentos. Ele viu que para o Ocidente o verdadeiro inimigo não era o fascismo; era o comunismo e o socialismo. Estaline recebeu a mesma mensagem. Os Estados Bálticos fizeram parte do império russo desde 1721 até à Revolução Russa de 1917, em plena I Guerra Mundial. Quando a guerra terminou em novembro de 1918, e os alemães foram derrotados, os Aliados vitoriosos (EUA, Grã-Bretanha, França, etc.) permitiram/incentivaram as forças alemãs a permanecerem no Báltico durante um ano inteiro para esmagar o avanço do bolchevismo no país; isto com ampla assistência militar dos Aliados.» William Blum, America’s deadliest export – Zed Books 2014, pp 202-203.

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