O Tribunal de Santarém condenou um antigo areeiro a quatro anos de prisão (suspensa) e ao pagamento de 1,8 milhões de euros à Infraestruturas de Portugal (IP) por ter colocado em risco o nó de Rio Maior do IC2. Em causa no processo estava o abate e apropriação de eucaliptos e pinheiros bravos num terreno de perto de 20 mil metros quadrados da IP, confinante com o troço do IC2 que faz a ligação à Estrada Nacional 1, no nó de Rio Maior, a que se seguiu a extração de areia e inertes, num volume de escavação de 256.835 metros cúbicos, avaliada em 1,4 milhões de euros. Por essa razão, pelo menos desde meados de dezembro de 2015, o talude criado, a apenas 9 metros da área pavimentada da faixa de rodagem, atingia os 30 metros de altura na zona adjacente à estrada, apresentando, no plano superior, inclinações muito acentuadas. Em consequência, ocorreram desabamentos na zona junto à estrada, o que levou a IP, em maio de 2016, a reduzir a faixa de rodagem, deslocando a circulação para uma zona mais afastada do talude. Em novembro de 2018, numa avaliação do talude, verificou-se a possibilidade de agravamento das instabilizações, o que levou ao corte total do troço no início de Dezembro de 2018 para uma empreitada de reabilitação concluída um ano depois. O Mirante.
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