A Associação Médica Americana e Médicos para aResponsabilidade Social (PSR) advertiram que o baixo ponto de ignição do hidrogénio aumenta a probabilidade de explosões, apresentando um risco de segurança significativo no interior dos edifícios.
"O hidrogénio inflama-se mais facilmente e é mais explosivo do que o metano, aumentando assim o perigo de explosões nos edifícios", disse o PSR. Além disso, ambos os grupos advertem que as misturas de hidrogénio e metano aumentam a emissão de óxidos de azoto (NOx) em comparação com a queima exclusiva de metano, o que irá aumentar o risco de doenças associadas ao NOx, incluindo a asma. O óxido de nitrogénio (NO2), uma emissão de NOx, está relacionado com casos de emergência e internamentos hospitalares por asma e está associado a taxas mais elevadas de demência em adultos mais velhos, observou o PSR.
Estes impactos far-se-ão sentir sobretudo em pessoas de
meios desfavorecidos, que têm maior probabilidade de viver em habitações
alugadas com fogões mais velhos e inadequadamente ventilados, o que resulta em
níveis mais elevados de poluição do ar interior, acrescentou.
"A mistura de hidrogénio irá aumentar, não diminuir,
a nossa dependência dos combustíveis fósseis, e isso irá perpetuar as
desigualdades existentes na saúde", disse Barbara Gottlieb, directora de
ambiente e saúde do PSR.
A posição destes grupos vem na sequência de um relatório publicado em março pela Energy Innovation, que também alertou para os riscos de explosão e emissões de NOx no aquecimento dos espaços. De facto, as emissões de NOx através de fogões a gás natural já aumentam em 42% o risco de asma nas crianças, disse a Energy Innovation.
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