quarta-feira, 16 de março de 2022

Bico calado

  • «Este plano [Fortera, em Silvalde](…) é uma lufada de ar fresco que irá arejar a nossa cidade (…) Espero e desejo que o atual executivo municipal também dê conforto, que transmita confiança e que possa trazer celeridade nos procedimentos porque é isso que os investidores estrangeiros mais valorizam. Se as decisões forem muito demoradas corre-se o risco de se perder o investimento, sendo deslocalizado para outras terras». Pinto Moreira, presidente da Câmara de Espinho (2009-2021), atual deputado do PSD pelo Porto, in Defesa de Espinho 10mar2022. Muito interessante. Primeiro, Espinho, terra de nortada, vai ficar mais arejado. Segundo: é fantástico ver o expresidente da Câmara de Espinho (2009-2021) fazer lóbi descarado a favor de um grupo israelita. 
  • De acordo com uma fuga de documentos, empresas francesas entregaram armas à Rússia depois de a UE ter imposto sanções, incluindo um embargo de armas, contra a Rússia em 2014. Desde então, a França já emitiu mais de 70 licenças de exportação de equipamento militar para empresas no valor de 152 milhões de euros. Davide Basso, EurActiv.
  • «Denunciar os comportamentos da classe dominante de hoje ajuda a educar-mo-nos sobre as suas ações no passado. Por exemplo, os EUA e a CIA salvaram e recrutaram criminosos de guerra nazis após a Segunda Guerra Mundial para reforçar os seus projetos de informações, militares e de programas espaciais. O mais conhecido destes homens foi Wernher von Braun - um homem descrito como a "principal figura no desenvolvimento da tecnologia de foguetões na Alemanha nazi e pioneiro da tecnologia de foguetões e do espaço nos Estados Unidos". A sua carreira - desde a exploração de mão-de-obra escrava judaica até tornar-se um aclamado arquiteto da NASA - está bemdocumentada aqui.» Via Mickey Z., Remember the Nazi-CIA Connection - Dissident Voice.

1 comentário:

OLima disse...

Maré Viva 26 julho 2023: O ex- Presidente da Câmara Municipal de Espinho, Joaquim Pinto Moreira, ficou, a partir da passada quinta-feira, proibido de contactar qualquer um dos envolvidos na Operação Vórtex. O social-democrata foi ouvido, nesse dia, no Tribunal de Instrução Criminal do Porto (TIC) a pedido do Ministério Público (MP), que defendia a aplicação de uma medida de coação mais gravosa do que o termo de identidade e residência, ao qual o ex-autarca está sujeito desde março de 2023, altura em que foi constituído arguido no processo. O MP considerava que Pinto Moreira deveria ser sujeito ao pagamento de uma caução de 200 mil euros e à proibição de contactar os restantes arguidos, testemunhas, autarcas e funcionários do município, pedido que viria a ser parcialmente validado pelo juiz de instrução criminal. (...)De acordo com a investigação, a 27 de novembro de 2020, após a venda do imóvel para onde estava projetado o “Urban 32”, o empresário Francisco Pessegueiro, coarguido no processo, alegadamente entregou 50 mil euros ao social-democrata, num café em Vila Nova de Gaia. O MP diz que mesmo depois de sair da autarquia, Pinto Moreira continuou a exercer influência junto do então chefe de divisão de obras, também ele arguido no processo, para que os referidos procedimentos tivessem o fim desejado, no sentido de receber as contrapartidas acordadas. Na operação Vórtex estão em causa vários processos urbanísticos aprovados pela Câmara de Espinho que transitaram entre o mandato de Joaquim Pinto Moreira para Miguel Reis. O social democrata pediu a suspensão do mandato no final de março, após ser constituído arguido, mas dois meses depois anunciou que iria retomar o lugar no parlamento sem avisar a direção do PSD, que acabou por lhe retirar a confiança política. No decorrer da semana passada, anunciou que iria renunciar ao mandato de deputado do PSD, por considerar “não estarem reunidas as condições políticas e pessoais” para continuar em funções.