sexta-feira, 11 de março de 2022

Azambuja: aterro de resíduos encerra para se furtar a fiscalização municipal

  • O aterro  de  resíduos  industriais  não  perigosos de Azambuja, gerido pela Triaza, suspendeu provisoriamente a sua atividade na semana em que ia ser fiscalizado,  com  aviso  prévio, por parte da Câmara de Azambuja. Recorde-se  que  o  município  esteve  durante  meses  impedido  de  desenvolver  ações de fiscalização ao aterro, devido a uma providência cautelar movida pela empresa de  tratamento  de  resíduos,  que  tem  como  accionistas  a  Suma,  Mota-Engil  e  o  grupo  espanhol  Urbaser.  A  providência  cautelar  pretendia anular as decisões de vistorias ao aterro realizadas pelos serviços municipais, por  suspeitas  de  movimentação  ilegal  de  terras e impedir novas fiscalizações. No  decorrer  de  fiscalizações  já  encetadas,  segundo  a  Câmara  de  Azambuja,  foram detectadas várias infracções praticadas pela  Triaza  e  elaborados  os  respectivos  processos  de contra-ordenação,  tendo  sido  ainda  reportadas  todas  as  queixas  e  denúncias  às  entidades  competentes. O Mirante.
  • A RPP Solar foi condenada pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria a pagar cerca de 1,1 milhões de euros à Câmara de Abrantes. Em causa está o pagamento pelos terrenos adquiridos pelo município destinados à construção de uma fábrica de painéis fotovoltaicos, que acabou por não ser construída. “Nós sabemos que aquela estrutura foi vendida. A massa insolvente seguramente terá alguma capacidade financeira. Sabemos que existem muitos credores. Gostaríamos muito que o município fosse ressarcido da totalidade do dinheiro ou de parte dela para compensar aquele que foi um investidor do município na aquisição daquele terreno”, sublinhou Manuel Valamatos, presidente da autarquia. Recorde-se que o empresário Alexandre Alves, mais conhecido por Barão Vermelho, garantia que ia começar a produzir painéis fotovoltaicos em Janeiro de 2010 num terreno comprado pela Câmara de Abrantes. Previa-se um investimento de 818 milhões de euros e a criação de 1.800 novos postos de trabalho, três centenas dos quais para engenheiros e quadros superiores. Tendo em conta as caraterísticas do projeto, o Governo atribuiu o estatuto de Projecto de Potencial Interesse Nacional ao complexo de energia solar que o grupo RPP Solar pretendia construir em Abrantes. O protocolo oficializou a instalação do Projecto de Energia Solar na freguesia de Concavada, perto da Central Termoelectrica do Pego em 82 hectares de terrenos que a autarquia adquiriu propositadamente para o negócio por um milhão de euros. O projecto visava a instalação de sete unidades industriais, cinco a sete torres eólicas, painéis solares e turbinas de co-geração, que estariam a trabalhar 24 horas por dia. Iria também funcionar um centro de investigação. O Mirante.

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