quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Pesticidas na Nicarágua: três multinacionais perante os tribunais franceses

  • Pesticidas na Nicarágua: três multinacionais perante os tribunais franceses. Esta saga começou em 1983, sendo o personagem principal uma pequena molécula chamada dibromocloropropano (ou DBCP). Utilizado em pesticidas para eliminar vermes prejudiciais às raízes das bananas, é acusado de causar problemas de saúde, infertilidade e cancro. 1.234 trabalhadores agrícolas nicaraguenses foram expostos e reclamam mil milhões de dólares à The Dow Chemical Company, Occidental Chemical (agora Oxy) e Shell Oil, que comercializaram o produto. O caso está a ser tratado no tribunal de Paris. E porquê em Paris, se o pesticida tem patente americano e é comercializado na Nicarágua? Uma primeira decisão judicial foi pronunciada em 2006 na Nicarágua contra os três grupos, mas uma vez que foi sempre contestada, nunca pôde ser aplicada. O exame do caso em Paris deveria tornar esta decisão executória em França, e nos outros Estados da União Europeia, o que significa que a apreensão dos bens destas três empresas seria possível em toda a Europa. Pelo menos é isso que os advogados Tony Lopez (Manágua), Stuart Smith (Louisiana), Robert McKee (Florida) e Pierre-Olivier Sur, que estão a liderar o caso, esperam. A toxicidade deste pesticida é conhecida desde os anos 50. Um estudo realizado sobre animais, para a Shell em 1958, alertou para o perigo do DBCP, assinalando os seus efeitos cancerígenos. Em 1977, foram descobertos vários casos de esterilidade em trabalhadores agrícolas e a molécula foi banida nos Estados Unidos. No entanto, o pesticida continua a ser vendido na Nicarágua. Reporterre.

  • "Extrair mais gás do Mar do Norte não é uma estratégia 'realista' para reduzir os preços da energia para os consumidores do Reino Unido", disse o presidente da COP26, Alok Sharma. A declaração é em parte uma resposta ao pequeno grupo de parlamentares conservadores céticos em relação ao clima que pediram ao governo que permitisse mais perfurações no Mar do Norte, argumentando que seria benéfico em termos de segurança e custo. Sharma rejeita também a ideia de que mais gás do Mar do Norte protegeria melhor o Reino Unido de qualquer restrição deliberada do fornecimento pela Rússia. “O que precisamos de fazer é mais do que temos feito, que é avançar nas energias renováveis ​​e, obviamente, investir em energia nuclear'”. Hannah Thomas-Peter, Sky News. Mais nuclear, estamos esclarecidos.
  • Um antigo funcionário da Organização de Gestão de Resíduos Nucleares (NWMO) está a exigir uma indemnização de $320.000 à agência canadiana alegando que foi "publicamente humilhado" quando foi despedido por estar "demasiado do lado da comunidade". A agência pretende instalar um cemitério nuclear em Ignace e South Bruce, Ontário. Colin Butler, CBC.
  • A proposta da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign para a instalação de um micro reator nuclear em Urbana ocidental suscitou preocupação entre os residentes locais, que estão preocupados com a segurança de ter o reator perto do seu bairro. O Professor Emérito de Geografia da Universidade de Illinois Bruce Hannon disse acreditar que mesmo que a instalação possa ser benéfica para fins de investigação, precisa de estar num local mais remoto que não seja o lar de mais de 200.000 pessoas.  Hannon disse também que a Universidade está a pressionar para ter esta instalação no campus porque o Departamento de Energia está a pagar-lhes muito dinheiro para que tenham um novo reator a funcionar para reanimar a indústria de energia nuclear. Rachel Gardner, CU-Citizen Access.
  • Durante cerca de seis anos, o Departamento de Proteção Ambiental da Pensilvânia escondeu os perigos radioativos das operações petrolíferas e de gás. Agora, pela primeira vez, os 144 nomes e localizações foram divulgados pelo Public Herald.
  • Investigação revela que o Ohio está ‘ilegalmente’ a construir montanhas radiotivas, afetando 26 vias navegáveis. Talia Wiener, Public Herald.

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