Bico calado
- Manuel Violas, presidente do grupo Solverde, e sua irmã Rita
Celeste Violas, surgem nos Pandora Papers como donos da empresa MarplexEnterprises Limited, criada a 4 de janeiro de 2010 pela Alcogal nas Ilhas
Virgens Britânicas. Do seu portefólio de negócios fazem parte os casinos de
Espinho, Vilamoura, Monte Gordo, Algarve e Chaves e vários hotéis, além das
apostas online. A empresa é ainda patrocinadora de duas dezenas de clubes de
futebol. Miguel Prado e Micael Pereira, Expresso 7dez2021. Via MSN.
- Feriado imaculado (e columbofilia). Tubo de Ensaio/TSF.
- Os refugiados Rohingya de Myanmar estão a processar a
Meta Platforms Inc, anteriormente conhecida como Facebook, por 150 mil milhões
de dólares em alegações de que a empresa de comunicação social não tomou
medidas contra o discurso de ódio anti-Rohingya que contribuiu para a
violência. O Facebook afirmou estar protegido de responsabilidade por conteúdos
publicados por utilizadores por uma lei de Internet dos EUA conhecida como
Secção 230, que defende que as plataformas online não são responsáveis por
conteúdos publicados por terceiros. Reuters.
- Israel anunciou a conclusão da construção de um muro de
betão à volta da faixa de Gaza. O muro de 65 Kms de comprimento, com 6 metros
de altura, tem uma barreira subterrânea com sensores, uma barreira marítima que
inclui meios para detetar intrusão no mar e um sistema de armas controladas. A
barreira está também equipada com um conjunto de radares e câmaras e salas de
comando e controlo. MEM.
- A Câmara dos Representantes aprovou uma dotação de 778
biliões de dólares para projetos militares. O próprio Stephen Miles, director executivo de Win
Without War, considerou esta decisão “um mau uso imprudente de recursos, um
lucro inesperado para os especuladores de guerra, e uma prova positiva de que a
maioria no Congresso tem pouca preocupação com a verdadeira segurança das
pessoas nos EUA ou em todo o mundo". Jake Johnson, Common Dreams.
1 comentário:
Sobre a offshore da Solverde/irmãos Violas:
«(...) Esta notícia fez a distrital de Aveiro reagir, em defesa dos trabalhadores do casino de Espinho. Em comunicado, esta estrutura partidária diz que se “destapou um segredo que é sempre ilegítimo, e que mais não é do que a possibilidade de a elite se furtar às regras impostas ao cidadão comum”.
O Bloco de Esquerda de Aveiro recorda que “a empresa liderada por Manuel Violas se recusa a negociar com os trabalhadores desde 2006, quando foi estabelecido o último contrato coletivo de trabalho” e que o grupo Solverde “paga os vencimentos mais baixos do sector”, tendo nos últimos anos feito “aumentos salariais meramente simbólicos e discricionários, estando os trabalhadores do grupo a operar em péssimas condições de trabalho”.
Para além disso, enquanto os administradores deste grupo “fizeram uso dos atalhos que a elite económica encontrou para não cumprir com as suas obrigações, registaram, em 2018 e 2019, lucros de 46,7 e 46,15 milhões de euros” não corrigem “as ausências de compensação salarial pelo facto de o trabalho ser noturno (os trabalhadores recebem somente o salário mínimo nacional, não estando, portanto, refletida compensação salarial)” e também se optou “por não proceder à correção do valor pago nos dias de feriado, bem como os doze meses de subsídio de alimentação a que os trabalhadores têm direito”.
O Bloco de Aveiro dirige também a sua atenção ao governo, manifestando “total incompreensão relativamente ao protelamento da atual concessão do grupo Solverde, até 2025” porque um grupo que comete “todos estes atropelos tão graves e tão nefastos para a vida dos trabalhadores” “não poderá ser nunca merecedor de renovação de concessões de qualquer casino, depois de conhecidos”. E ao município de Espinho referindo uma “estranhíssima influência do Grupo Violas nas decisões políticas do município de Espinho, nas mais recentes décadas”.»
https://www.esquerda.net/artigo/manuel-violas-tem-uma-empresa-offshore-mas-paga-salarios-mais-baixos-do-setor/78402
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