quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Algarve: dessalinizadora 'é um seguro de água'

  • A construção de uma Central Dessalinizadora no Algarve, paga a 100% por verbas do Plano de Recuperação e Resiliência, «é um seguro de água», defende o ministro do Ambiente. João Matos Fernandes admite que a Central terá  impactos ambientais, nomeadamente os resíduos sólidos que ficam depois da água ter sido dessalinizada para entrar nas condutas para consumo humano e no preço da água, que será superior àquele que a agricultura está habituada a pagar e o golfe ainda mais. «Que fique claro: tudo isto é para dar mais água aos algarvios? Não, é para garantir que os algarvios não vão ter menos água no futuro», sublinhou. Sul Informação. Alerta para salmoura tóxica produzida pelas centrais de dessalinização - Estudo das Nações Unidas revela que as unidades de dessalinização que permitem gerar água doce produzem, afinal, mais 50% mais de água saturada de sal do que se pensava. Além do sal, estas águas residuais contêm produtos tóxicos que podem ser prejudiciais ao ambiente.
  • Nenhum dos bancos supervisionados pelo Banco Central Europeu satisfaz as expetativas de gestão dos riscos climáticos e ambientais pela entidade monetária, o que pode exigir às instituições mais capital para os cobrir. O Minho.

  • Num relatório agora publicado, a associação SystExt demonstra que a "mineração sustentável" é uma mentira e que as técnicas de mineração são "cada vez mais predatórias e perigosas". Aurore Stephant, geóloga e engenheira de minas, explica à Repórterre. O relatório refere o caso da antiga mina de ouro de Campo de Jales no nordeste de Portugal quanto aos impactos associados a antigos locais de mineração. A atividade mineira cessou em 1992, deixando a mina a céu aberto, lixeiras de rochas residuais, lixeiras de rejeitos (incluindo uma bacia de rejeitos contendo 5 milhões de toneladas), escoamento de água ácida, etc. Isto resultou numa grave erosão do solo mas também numa contaminação generalizada do solo, águas superficiais, sedimentos, fauna, flora e águas subterrâneas. Foram registadas concentrações particularmente elevadas de manganês, arsénico, chumbo e cádmio. Foram realizados estudos de saúde, demonstrando uma impregnação da população local com estas duas últimas substâncias, mas também uma prevalência de sintomas como irritação ocular ou doenças respiratórias.
  • A pesca ilegal, não declarada e não regulamentada custa à economia global cerca de 23,5 mil milhões de dólares anuais. Mas um novo instrumento pode ajudar a indústria dos produtos do mar a verificar as fontes dos produtos que vende. Kristine Beran & Huw Thomas, PEW.

Sem comentários: