Bico calado
- «Não é apenas a CM de Lisboa e o governo que devem
explicações, são também os jornalistas e órgãos de comunicação social
portugueses que souberam da história em janeiro e nada disseram durante cinco
meses. Algo vai mal por estas bandas.» Paulo Dentinho.
- Carlos Moedas agradece a Manuel Acácio o convite para
participar no Forum TSF. Mas Manuel Acácio diz que não o convidou, Moedas é que
se inscreveu. Clique para ouvir.
- Bufos ao serviço de Putin. Susana Peralta, Público
11jun2021. No mesmo jornal, Ruben Martins titula: «Enviados à embaixada de
Israel dados de ativistas pró-Palestina». Pobre do Benjamin
Netanyahu, líder de um regime de apartheid, que não tem bufos. Os
colaboradores e editores do Público são de um rigor e equidade acima de
qualquer suspeita.
- «Chamar a Palma e a Tavares “fascistas” é um erro
que, aliás, nunca cometi. Eles são outra coisa. (…) São tradicionalistas quando
lhes convém, radicalizados em política, todos despachados em matérias de alguns
costumes, mas não quanto aos direitos sociais. Não são genuínos conservadores,
acham socialista a doutrina social da Igreja, e o actual Papa um comunista
disfarçado, não têm uma mínima empatia com os mais fracos, os excluídos, usam
grandes palavras como liberdade para justificar sociedades desiguais e
moralmente inaceitáveis por gente que preza a dignidade humana. Se estivessem
nos anos 20-30 do século XX, seriam propagandistas do Integralismo Lusitano,
mas não camisas azuis do Nacional Sindicalismo, porque isso metia muita rua e
podia dar pancada.» José Pacheco Pereira, Estudem, que vos faz falta - Público 12jun2021.
- Os principais media australianos foram enganadas pelas
falsas alegações do lóbi mineiro sobre a sua contribuição para a Austrália. O
órgão máximo da indústria, Minerals Council of Australia, omitiu na sua análise
os mais de 72 mil milhões de dólares em descontos GST que a indústria recebeu
entre 2010 e 2018, cerca de 80,6 mil milhões de dólares ao longo dos últimos 10
anos. Callum Foote, Michael West Media.
- Relatório anual subestima de forma expressiva o número de civis mortos
pelas Forças Armadas dos EUA. Indenizações às famílias não são pagas, mesmo em
casos de óbitos confirmados. Nick Turse, The Intercept.
- «Celso Furtado chamou a atenção para o facto de a
Inglaterra, que seguia uma política clarividente em matéria de desenvolvimento
industrial, utilizar o ouro do Brasil para pagar em prestações essenciais de
outros países e poder concentrar os seus investimentos no setor manufatureiro.
Inovações tecnológicas rápidas e eficazes puderam ser aplicadas graças a esta
gentileza históricas de Portugal. O centro financeiro da Europa transferiu-se
de Amesterdão para Londres. Segundo as fontes britânicas, as entradas de ouro
brasileiro em Londres atingiam as 50 mil libras por semana em alguns
períodos. Sem esta enorme acumulação de
reservas metálicas, a Inglaterra não teria podido, posteriormente, enfrentar
Napoleão.» Eduardo Galeano, As veias abertas da América Latina (1971) –
Antígona 2017.
Sem comentários:
Enviar um comentário