A Shell lançou uma mega operação de charme ecológico, tentando fazer-nos crer que purgou e remiu todos os pecados cometidos contra o Ambiente, ambicionando agora ganhar um lugar no céu.
Todos os media de referência e reverência proclamaram em fanfarra as pequenas ações que a gigante petrolífera pretende fazer a bem do Clima e do Ambiente, desde implantar milhares de pontos de recarga de veículos elétricos a plantar milhares de milhões de árvores.
Não há milagres e não será a Shell a inventá-los. Ainda há 6 anos os seus administradores e diretores eram paladinos do ceticismo climático. A própria Carbon Brief sublinha que a missão "Sky 1.5" da Shell é quase igual à sua antecessora 2C e que, além do impacto temporário da Covid-19, a principal diferença entre os dois cenários é o “aumento de escala de soluções baseadas na natureza”, nomeadamente o plantio de árvores cobrindo uma zona semelhante à do Brasil e que tudo indica que, até ao final do século XXI, a visão da Shell não se alterará em relação ao petróleo, gás e carvão até o final do século.
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