segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Bico calado

  • Netanyahu acusa o TPI de “anti-semitismo” por afirmar jurisdição sobre os territórios ocupados por Israel. Decisão do Tribunal Penal Internacional abre portas à investigação da violência cometida pelas forças de Israel e grupos palestinianos. Benjamin Netanyahu garante que Israel resistirá àquilo que chama de “perversão da justiça”. António Rodrigues, Público 7fev2021. As investigações aos seus atos de corrupção também devem ser, segundo a sua bitola e a dos seus simpatizantes,  atos de anti-semitismo.
  • Prova dos factos, uma nova secção do Público, imita o Polígrafo da SIC. As duas iniciativas são ridículas, no mínimo. Se o objetivo principal de um jornal é, entre outros, divulgar notícias verdadeiras, o que leva estes dois órgãos de comunicação social complicarem a sua tarefa? Não é seu dever investigar, cruzar informações, confrontar versões, confirmar antes de as publicar? Até parece que duvidam do seu trabalho que é suposto ser feito com responsabilidade e transparência.

  • “Fake news” é uma expressão infeliz. É tão casualmente invocada e amplamente utilizada que quase não tem sentido. E, o mais infame, foi usada como arma por políticos (um ex-presidente em particular) como uma ferramenta pronta para descartar verdades inconvenientes do momento e também, de forma mais perniciosa, para lançar dúvidas sobre a legitimidade do jornalismo como um todo. Mark Coddington e Seth Lewis, Nieman Lab.
  • A Sérvia foi uma das estrelas das primeiras semanas do esforço global de vacinação para combater a Covid-19. Ao contrário de outros países tentou garantir vacinas de várias proveniências. Por isso, no início de fevereiro, atingiu a segunda maior taxa de vacinação da Europa. Além disso, a sua população pode escolher entre as três opções globais mais disponíveis atualmente - Pfizer Inc-BioNTech, Sinopharm da China ou Sputnik V. da Rússia. Aleksandar Pavic, Strategic Culture.
  • Chá dos Açores pode ter efeitos positivos na redução da replicação do novo coronavírus, apontam estudos internacionais, titula o Correio dos Açores de 6fev2021. Não é por nada, mas parece-me uma reverência à Gorreana. As vagas fontes nipónicas citadas não se revelaram em várias buscas no Google e no DuckDuckGo.

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