Bico calado
- Enquanto estávamos distraídos com vacinas e confinamentos
de Natal, o governo do Reino Unido assinava um acordo de cedência de dados do
Serviço Nacional de Saúde no valor de £23 milhões com a polémica empresa de
'tecnologia de espionagem' Palantir. Mary
Fitzgerald e Cori Crider,
openDemocracy.
- Um mecânico da Roménia e um camionista da Irlanda do Norte,
ambos membros de um grupo internacional de contrabando de pessoas, foram
condenados por homicídio na morte de 39 imigrantes vietnamitas encontrados no
atrelado de um camião em Inglaterra em 2019. AP/NYTimes. O camionista não é britânico, é da Irlanda do Norte. As
nacionalidades são muito complicadas quando uma notícia é desagradável ou
inconveniente…
- Para fazer os adolescentes compreenderem o que fizeram de
errado, esta escola obriga os seus alunos a pedalar vários quilómetros no
interior da África do Sul. Youtube.
- «Pedro Passos Coelho interveio numa sessão de homenagem a
Alfredo da Silva, o dinâmico e irreverente industrial da CUF que, em 1929,
ficou a dever ao então ministro das Finanças, António de Oliveira Salazar, a
salvação da falência. Salazar, para preservar a Casa Totta, mandou a Caixa
conceder um empréstimo a Alfredo da Silva que o Banco Espírito Santo recusara
e, a partir daí, o industrial recuperou de uma crise gravíssima. É
completamente contraditório ver um defensor da quase total ausência do Estado
no mundo dos negócios, como Passos Coelho diz que é, ser a voz da homenagem a
um dos empresários simbólicos do fascismo português - gente que negociava com o
Estado Novo favores, expansão, proteção e estratégias comerciais, em troca de
dependência política. Alfredo da Silva, por exemplo, a pedido de Salazar, foi
obrigado a ajudar, com navios e dinheiro, as tropas do general Franco, durante
a Guerra Civil de Espanha. (…)» Pedro Tadeu, Passos e
Cavaco não têm culpas na TAP? - TSF.
- A Autoridade da Concorrência condenou as cadeias de supermercados
Modelo Continente, Pingo Doce, Auchan, Intermarché, Lidl e E. Leclerc
(Cooplecnorte), assim como as fornecedoras de bebidas Sociedade Central de
Cervejas e Primedrinks, ao pagamento de coimas no valor total de cerca de 304
milhões de euros. As empresas (…) foram acusadas de alinharem os preços de
vários produtos, limitando a capacidade de os consumidores poderem fazer as
suas decisões de compra em função dos preços praticados por diferentes cadeias comerciais.
Ana Brito, Publico.
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