The War You Don't See from John Pilger on Vimeo.
- “A guerra que não se vê” analisa a propaganda como uma arma no Iraque e no Afeganistão. O título refere-se à censura por omissão e conluio de jornalistas em sociedades nominalmente livres, como o Reino Unido e os EUA. O filme começa com imagens chocantes do Iraque em 2007. Um caça Apache americano abre fogo numa rua de Bagdá, matando a sangue frio dois jornalistas da Reuters e civis iraquianos. Não há provocação - as vítimas estão desarmadas. Um dos tripulantes do Apache comenta "Fixe" enquanto mata pessoas a uma distância segura. Intitulado "Assassinato colateral", o vídeo foi passado para o WikiLeaks pelo soldado Bradley (mais tarde Chelsea) Manning. ‘Vender’ a invasão do Iraque em 2003 é a tese central do filme de Pilger. Os media são expostos como uma fonte de ilusões, como uma ligação inexistente entre Saddam Hussein e os ataques de 11 de setembro. Uma testemunha da CIA disse que o objetivo principal das informações fornecidas pelo Pentágono é manipular a opinião pública. Numa série de entrevistas notáveis, jornalistas proeminentes do Reino Unido e dos EUA concordam que, se eles e os seus colegas tivessem desafiado em vez de ampliado e ecoado os embustes dos seus governos, a invasão do Iraque poderia não ter acontecido. Imagens até agora inéditas mostram um ataque em 2004 à cidade iraquiana de Fallujah por forças norte-americanas e britânicas que provocou milhares de mortos. O relatório de um jornalista americano independente e fotos de valas comuns nunca apareceram nos media convencionais. Na Palestina ocupada, relata Pilger, a intimidação e a morte de jornalistas não ocidentais por israelitas são raramente relatadas. “A guerra que não se vê” marca a ascensão do WikiLeaks, cujo fundador e editor-chefe, Julian Assange, diz a Pilger que a sua organização oferece aos 'objetores de consciência' dentro dos 'sistemas de poder' um meio de informar o público diretamente, um marco no jornalismo.» John Pilger.
- «(…) triste mesmo não são as banalidades quase infantis proferidas pelo nosso especialista instantâneo em Auschwitz. Nem sequer o tom ridiculamente convencido com que as profere. Triste mesmo é que haja tantos a levá-lo a sério.» Ana Cristina Leonardo, O Especialista Instantâneo em Auschwitz – Público 18dez2020.
- «O David Cornwell que conheci, famoso como John le Carré, é um escritor do século XXI, um autor do nosso tempo e um investigador forense dos seus males. Os seus obituários enfatizam o seu papel na Guerra Fria. Eles estão cheios de um fedor de melancolia rançosa pela auto-importância do passado. Ele desprezava tal sentimentalismo, pessoalmente não havia nada de nostálgico nele. Começando com 'The Constant Gardener', publicado em 2001, ele escreveu sete romances apenas neste século. O seu tema era a predação do poder corporativo, as corrupções das finanças, a desumanidade da pilhagem de África, a venalidade do capitalismo moderno, o abuso da vigilância e a penetração vil do comércio de armas, enquanto os políticos dançavam ao som dos oligarcas. A sua obra é, muitas vezes, descrita como "zangada", como se as suas opiniões pudessem ser descartadas como fraquezas da velhice. De facto, elas foram um exercício duro, sempre cuidadosamente calibrado, de julgamento rígoroso. (...) Ele gostava de sublinhar a ambiguidade, as fraquezas e a corrupção do poder e do dinheiro, e o vácuo no coração daqueles que pretendem representar-nos. Ao mesmo tempo, ele recusou terminantemente ser conivente ou fazer parte dele - daí a sua rejeição às honras britânicas. (…)» Anthony Barnett, openDemocracy.
- O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, afirmou que o objetivo das sanções à Turquia é impedir que a Rússia ganhe influência e não minar as capacidades militares de Ankara. Pompeo considera que a aquisição do sistema de mísseis S-400 permite que a Rússia tenha aceso às forças turcas e às suas indústrias defensivas. MEM.
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