«(…) O que tem o presidente do Chega-Açores a dizer sobre a lei que tem, como se adivinha pelo nome, alguma coisa que ver com o mar que banha os Açores? Nada. O que tem o presidente do Chega-Açores a dizer sobre se a lei é boa ou má? Nada. O que tem a dizer sobre se a nova lei é uma perigosa concessão da soberania nacional ou se é uma vitória histórica da autonomia açoriana? Nada. (…) Comerciante, vendedor de casas e ex-social-democrata, Furtado era vereador pelo PSD no concelho de Lagoa, ilha de São Miguel (…) Vale a pena ver a entrevista completa que Furtado deu à Antena 1-Açores — e transmitida pela RTP — no countdown para as eleições de domingo. A certa altura [aos 15’30], a jornalista Lília Almeida pergunta:
— A Lei de Bases do Ordenamento e Gestão do Espaço Marítimo, a chamada “lei do mar”, foi aprovada por unanimidade na Assembleia Regional dos Açores e aprovada na Assembleia da República com larga maioria. O Chega foi o único partido a votar contra. Porque é que houve essa opção do Chega a nível nacional?
— Essa é uma pergunta boa para fazer ao dr. André Ventura.
— Não sabe a resposta?
— Não. Nem me preocupa.
— Não lhe preocupa o facto de na região ter havido
unanimidade em torno do mar, da utilização do mar, da zona marítima e dos
fundos marinhos, e o Chega ter sido o único partido que votou contra?
— É assim: obviamente que alguma preocupação temos. Mas é
assim: temos de ter a noção de uma coisa, o dr. André Ventura é deputado único
na Assembleia da República, a carga em termos de trabalho que isso representa
para uma estrutura partidária pequena como o Chega...
— Está a dizer que ele não conhecia o diploma?
— Estou a dizer... É assim: poderá não ter acesso a toda
a documentação necessária para que fizesse um perfeito juízo da situação. Não
podemos ter o mesmo desempenho quando temos uma boa equipa de assessores ou
quando temos apenas a equipa possível de assessores.
— A situação não lhe agradou? — pergunta o jornalista
Pedro Moreira.
— Não me agradou totalmente. Mas nem tudo na vida nos agrada totalmente. Quando faço um negócio, nem sempre é o negócio perfeito: é o negócio possível. Nada na vida é a cereja em cima do bolo. O que é preciso é avançar para a frente.” (…)» Bárbara Reis, Que diz o líder do Chega-Açores? “Não sei, nem me preocupa” – Público 30out2020.
- «A lição que ontem o Estado deu na Nazaré e em Portimão é esta: pode-se ter prazer num desporto durante a pandemia e assistir a ele, desde que se pague. Nesse caso a polícia estará lá, num evento privado, para dar indicações de como se estaciona o carro.» Raquel Varela, Os Putos daNazaré, e a F1 de Portimão.
- «Do Manual Prático de Manobras Dilatórias: o advogado (português, claro) dos arguidos suíços do caso BES (também advogado de Armando Vara, em processo onde aplicou lições do mesmo manual) quer centenas de milhar de páginas traduzidas para francês. Já Salgado quer 14 meses de pausa para estudar o processo. Na "SÁBADO".» João Paulo Batalha.
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