sábado, 3 de outubro de 2020

Bico calado

  • No video clip acima, Trump zomba de Joe Biden sobre a questão das máscaras: «Não uso máscaras como ele. Sempre que você o vê, ele tem uma máscara. Ele poderia estar a falar a 60 metros de distância e aparece sempre com a maior máscara que já vi». E agora Trump e sua esposa testaram positivo. Bem feita, dirá Joe Biden.
  • A principal testemunha de acusação de Assange faz parte do grupo académico que recebeu milhões de libras das forças armadas do Reino Unido e dos EUA. Uma das principais testemunhas médicas da acusação dos EUA na audiência de Julian Assange, que afirmou que o risco de suicídio de Assange é "administrável" se extraditado para os EUA, trabalha para um instituto académico financiado pelo Ministério da Defesa do Reino Unido e ligado ao Departamento de Defesa aos EUA. Matt Kennard e Mark Curtis, DailyMaverick.
  • «Enquanto inspetor tributário, André Ventura contribuiu para que uma empresa de Paulo Lalanda de Castro não pagasse mais de 1 milhão de euros em IVA ao Estado. Esta é uma breve história de “podridão” e “vergonha” nas Finanças. Cavaleiro andante da moralidade pública, homem íntegro e com uma folha, melhor, quatro folhas de serviço limpo, André Ventura já foi tão corrupto como aqueles que – ainda que sempre em generalizações – ataca. O passado do líder do Chega como inspetor tributário deixa muito a desejar, sobretudo no papel que desempenhou na Autoridade Tributária para ilibar a empresa Intelligent Life Solutions (ILS), do senhor Paulo Lalanda de Castro, de pagar mais de 1 milhão de euros em IVA. A história está toda nos autos do processo Vistos Gold. Carlos Rodrigues Lima, Sábado.
  • «O governo anunciou no dia 10 de setembro que ia criar brigadas de profissionais de saúde para acudir aos lares que necessitassem. Uma boa medida. No dia 19 constatou-se que não havia nenhum médico contratado. Há um par de dias, a Santa Casa da Misericórdia explicou que passaria a recorrer a tarefeiros para essa função. (…) Em maio, o primeiro-ministro tinha anunciado que não haveria pagamento ao Novo Banco até estar concluída uma auditoria. Uma boa medida. Mas o pagamento já tinha sido realizado e o ministro das finanças alegou que tinha a autoridade do conselho de ministros para o fazer. O primeiro-ministro reconheceu o erro. Depois veio a auditoria, que tranquilamente confirma que não verifica as imparidades que dão origem à exigência de pagamentos pelo Estado. Anunciar é mais fácil do que cumprir. Só que governar é cumprir.» Francisco Louçã, Da virtude de fazer as contas e cumprir Expresso/FB.
  • Mais de 2.000 matemáticos assinaram uma carta concordando em boicotar toda a colaboração com a polícia e insistindo que os seus colegas façam o mesmo. Eles estão a organizar uma ampla base de matemáticos na esperança de eliminar as tecnologias policiais na sua origem. Os autores da carta referem «profundas preocupações sobre o uso da inteligência artificial e tecnologias de reconhecimento facial para justificar e perpetuar a opressão». lgoritmos treinados em dados produzidos pelo policiamento racista irão reproduzir esse preconceito para «prever» onde o crime será cometido e quem é o eventual criminoso. «Os dados não falam por si, não são neutros», explica Brendan McQuade, autor de Pacifying the Homeland: Intelligence Fusion and MassSupervisionMaddie Rose,  Shadowproof.

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