terça-feira, 20 de outubro de 2020

Bico calado

  • «“Tem de se lhe tirar o chapéu. Graças a ele, processos [ligados ao mundo do futebol] que estavam há anos sob investigação começaram a avançar, surgiram acusações e foram iniciadas novas investigações”, declarou, considerando que o hacker conseguiu arranjar provas do que ele próprio, Bruno de Carvalho, andava a dizer há anos sobre a falta de transparência dos negócios neste universo. “Fico contente que um miúdo de 30 anos tenha tido esta iniciativa”, observou, para expressar em seguida um desejo: “A função do Football Leaks foi primordial. Espero que faça com que muitas pessoas e muitas instituições se venham a sentar no banco dos réus e que não considerem estas revelações sem validade, por a informação ter sido obtida desta forma” (através do recurso à prática de crimes informáticos).» Ana Henriques, Bruno de Carvalho diz ter recebido ameaças em nome da Doyen e elogia Rui Pinto – Público 16out2020.
  • Ministério da Educação, 55 – Colégios, 0. Foi uma derrota em toda a linha a sofrida pelos colégios com contratos de associação na guerra jurídica que, em 2016, desencadearam contra o Ministério da Educação: 55 processos judiciais concluídos, 55 decisões favoráveis às posições do ME que levaram a restrições no financiamento do Estado àqueles estabelecimentos de ensino particular. Clara Viana, Público 19out2020.
  • Covid: Laboratório Gilead suspeito de pré-venda de um medicamento (Remdesivir) que sabia ser ineficaz por um bilião de euros. Rozenn Le Saint, Mediapart.
  • Milhares de tailandeses manifestaram-se nas ruas de várias cidades para exigir reformas. As suas queixas concentram-se no rei Maha Vajiralongkorn, que passa longos períodos na Alemanha. DW.
  • A Google vai dar US $ 1 milhar de milhão a editores de notícias - para ajudar a convencer os governos a não receberem muito mais do que isso. O dinheiro, distribuído ao longo de três anos e em todo o mundo, é bem-vindo - mas isso é relações públicas, não um produto. Joshua Benton, NiemanLab.
  • Pelo menos cinco empresas com histórico de violação de legislação ambiental garantiram empréstimos governamentais de emergência, totalizando até US $ 32 milhões, para reter funcionários durante os primeiros meses da pandemia do coronavírus. Essas empresas, a maioria no setor da energia, pagaram coletivamente mais de US $ 52 milhões em multas por poluírem o ar. Chris D’Angelo, Huffington Post.

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