Bico calado
- «Filipa Lança, a relatora da “auditoria” da Ordem dos Médicos às condições do surto de covid 19 no lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva em Reguengos de Monsaraz criou um documento em defesa própria por, segundo a ARS Alentejo, “ter sido a responsável pela falta de médicos no lar”. De facto, quando o número de casos começou a crescer na instituição, alguns médicos indigitados como equipa de primeira linha para cuidar dos doentes recusaram-se a fazê-lo não só violando um dos seus mais importantes deveres deontológicos como escusando-se a cumprir a sua obrigação para com a entidade, que os emprega, o SNS, (…). Que agora venham armar-se em coitadinhos porque foram “ameaçados” por José Robalo, diretor da ARS, com a instauração de processos disciplinares, só pode suscitar espanto: se estavam a descumprir os seus deveres deontológicos e os que têm para com a sua entidade patronal, o que esperam?» Jorge Rocha, A Ordem dos Médicos e a metáfora do ladrão - Ventos Semeados.
- Carta aberta dos escritores de língua portuguesa contra o racismo, a xenofobia e o populismo e em defesa de uma cultura e de uma sociedade livres, plurais e inclusivas. Público.
- Os reguladores da concorrência da União Europeia aprovaram um plano de € 1 milhar de milhões para a Dinamarca e a Suécia recapitalizarem a SAS, argumentando que a medida evitará a insolvência da companhia aérea escandinava. Frédéric Simon, EurActiv com Reuters. Entretanto, Bruxelas autoriza injeção de 133 milhões na SATA, reportam David Santiago e Nuno Carregueiro, JNegócios.
- O governo britânico abandonou um improvisado sistema de exame de admissão à universidade, após uma vaga de protestos de professores, pais e alunos. Os críticos consideram que o sistema, um substituto para os testes tradicionais durante a pandemia, discriminou os alunos economicamente desfavorecidos. Como os exames padronizados, conhecidos como nível A, não puderam ser realizados durante o confinamento, os professores previram a pontuação dos alunos, com base nos seus trabalhos anteriores e exames práticos. Um regulador nacional ajustou depois esses números usando um algoritmo, levando em consideração o desempenho de cada escola em exames anteriores. Tudo para impedir eventuais inflações de notas. Cerca de 40% das pontuações previstas foram rebaixadas, tendo apenas 2% delas sofrido aumento. As principais vítimas, dizem os críticos, foram alunos brilhantes de origens menos ricas, cujas escolas não tinham um bom desempenho anteriormente. Stephen Castle, NYTimes.
- Caças israelitas estão na Alemanha pela primeira vez, uma chance para a Alemanha modernizar as suas forças armadas e beneficiar com a experiência de Israel. Melissa Eddy e Christopher F. Schuetze, NYTimes. Não sei para que servem cerca de 40 mil militares norte-americanos, segundo a insuspeita Deutsche Welle, na Alemanha.
- Num ato de protesto contra a comercialização do futebol, duas equipas jogaram uma partida completamente nuas. O organizador disse que procurou transmitir autenticidade, algo que lhe falta no futebol. DW.
- O ex-ministro das finanças do Reino Unido, Sajid Javid, acaba de ser contratado pelo JPMorgan. Rachel Armstrong, Reuters.
- Na polónia, o ministro da Saúde demitiu-se por suspeitas de irregularidades em negócio de aquisição de máscaras e ventiladores. Reuters.
- Trump pode fazer batota. Os ativistas preparam-se. A sabotagem eleitoral precisa de ser confrontada com os maiores protestos de sempre. Michelle Goldberg, NYTimes.
- No Facebook, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria Peter Szijjarto postou fotos como estando a trabalhar no seu gabinete e garantindo estar atento ao evoluir da situação na Bielorrússia. Mas o Atlatszo garante tê-lo apanhado a gozar férias num iate de luxo cedido por um empresário/oligarca no Mar Adriático.
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