sexta-feira, 8 de maio de 2020

Bico calado

  • Em plena crise, boa parte das empresas do PSI-20 decidiu manter a distribuição de dividendos, algumas enquanto rescindiam com trabalhadores precários.
  • «A minha língua é imensa. A minha língua é feita para historiadores como Rui Tavares, culto e inteligente, capaz de sair das fotografias da Exposição do Mundo Português, de 1940. E dar-nos uma aula sobre o sentido histórico, simbólico e manipulador de um país sem liberdade e, no entanto, então com a colaboração de grandes artistas, de Leitão de Barros a Almada Negreiros. Isso tudo explicadinho, em cinco minutos, e numa língua para um país de 2020, moderno. E a minha língua é também o eurodeputado Nuno Melo a falar dos bem pensados e bem explicados cinco minutos de Rui Tavares, assim: "Entre tantos, Rui Tavares foi escolhido para a tele-escola, destilando ideologia e transformando alunos em cobaias do socialismo. Nem disfarçam. Uma aviltante e ignóbil revolução cultural em marcha que pais sem recursos não podem evitar. Política travestida de educação. Miséria." Reparem, em 1965, Nuno Melo talvez quisesse, como os propagandistas da ANI, o Rui Tavares no Tarrafal. Em 2020, Nuno Melo já aceita que Rui Tavares só seja impedido de se expressar. A minha língua amacia com o passar do tempoFerreira Fernandes, in DN 6mai2020
  • Falar perto em tempos de pandemia, Tubo de Ensaio/TSF.
  • À data de abril, mais de uma em cada cinco famílias nos Estados Unidos e duas em cada cinco famílias com mães com filhos de 12 anos ou menos de idade revelavam carências alimentares, conclui o Hamilton Project.
  • Processos na Califórnia e no Texas denunciam a prática de preços excessivos e ilegais na venda de ovos por parte de produtores e supermercados, reporta o New York Times
  • Na pandemia, os trabalhadores "ilegais" são agora considerados "essenciais" pelo governo federal para ajudarem nos campos agrícolas. Reportagem de Alfredo Corchado, no NYTimes.
  • Em 2018, a empresa de defesa israelita Elbit ganhou um contrato de 64 milhões de euros para, através da portuguesa CEiiA, fornecer sistemas de vigilância por drones no Mediterrâneo para a UE. O Euro-Mediterranean Human Rights Monitor instou a UE a cancelar o contrato por dois motivos principais: a vigilância por drones oferece a oportunidade de transgressões ao direito internacional, pois elimina a obrigação dos navios de prestar assistência; para limpar o Mediterrâneo de refugiados e violar o direito internacional, a UE escolheu a tecnologia israelita que foi testada na população civil palestiniana. Ramona Wadi, MEM.

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