quarta-feira, 13 de maio de 2020

Bico calado

  • Ricard Branson quer que o Estado lhe dê 500 milhões para resgatar a sua companhia de aviação Virgin. Há 14 anos que não paga impostos no Reino Unido. E há uns anos afirmou que «o Estado não devia intervir para impedir a bancarrota de uma empresa».
  • «(…) quando o trabalho do político é representar quem mais tem, pode dar-se ao luxo de dispensar o salário formal que recebe pelo cargo que ocupa. Sonha receber em dobrado pelas borlas que dá. No caso do Ventura, é-o na empresa onde é consultor e ajuda os mais abonados a pagar menos impostos. No caso de Francisco Rodrigues dos Santos, o salário que quer entregar ao Estado não é o dele. Mas o discurso contra os políticos vindo de quem defende os interesses de quem tem mais rendimentos tem barbas. O objetivo é sempre o mesmo: defender os interesses de poucos diabolizando e enfraquecendo os que representam todos. As borlas que dão, quando querem entregar o seu salário, costumam receber em dobrado. Político que dispensa o seu salário espera que outro lhe pague pelas escolhas que faz.» Daniel Oliveira, in As borlas que o demagogo dá costuma receber em dobrado - Expresso.
  • Compra de 200 respiradores para SC envolveu um sofisticado esquema de corrupção. Pagamento antecipado de R$ 33 milhões para aquisição dos aparelhos teve participação de agentes públicos, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, titula o NSC Total.
  • 8 de maio marcou o 75º aniversário da vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial. Ocasião para Alan Macleod recordar, na Mint Press, as multinacionais e os figurões que colaboraram com a máquina de guerra de Hitler: Standard Oil (posteriormente pulverizada na Chevron, na ExxonMobil, na BP e na Marathon); Prescott Bush, que terá conspirado o derrube do presidente Roosevelt; Chase Bank , lando dinheiro alemão; Henry Ford, medalhado por Hitler por relevantes serviços prestados; a Nestlé, que usou trabalho escravo na Alemanha e em 2000 pagou 14 milhões de compensações a sobreviventes; a Coca-Cola, cujas vendas registaram recordes entre 1933 e 1939 na Alemanha e, quando faltou o xarope, inventou a Fanta para satisfazer a sede alemã; a IBM, através da filial Dehomag, criou tecnologia para melhor e mais rapidamente identificar gente para os campos de concentração.

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