quarta-feira, 1 de abril de 2020

Reflexão - «Numa pandemia, precisamos de espaços verdes mais do que nunca»

Pico Alto, Sta. Maria, Açores

Numa pandemia, precisamos de espaços verdes mais do que nunca, escreve Cate Mingoya, da Groundwork USA. E explica por que razões alguns bairros não os têm, e o que se pode fazer para alterar a situação. 

Cate conta que «na década de 1930, a Home Owner’s Loan Corporation criou uma série de “mapas de segurança residencial” – mapas “redlining” - designando comunidades negras e mulatas como sendo muito arriscadas para investimentos e inelegíveis para hipotecas recém-disponibilizadas pelo governo.» 
Apesar de revogada em 1968, o sistema mantém a desigualdade racial, discriminando especialmente os negros que, por via disso, albergam menos serviços e atraem menos investimentos. «Recebemos os terminais de transportes e as estações de tratamento de esgotos; os outros recebem parques e árvores ao longo das ruas», exemplifica.

E, como as minorias étnicas sofrem desproporcionalmente mais perante os impactos económicos, sociais e de saúde da Covid-19 elas estão mais vulneráveis à crise climática. Sem árvores, os moradores destas zonas estão vais sujeitos a cheias e têm pior qualidade de ar, sofrem mais de asma e, por isso vão certamente sofrer mais com a Covid-19. 
Felizmente tem havido sinais de mudança em Denver (Colorado), Elizabeth (New Jersey), Richmond (California), Metro Providente (Rhode Island) e Richmond (Virginia), onde projetos como The Climate Safe Neighborhoods Partnership, lutam pela eliminação da famigerada lei de zonamento «redlining». in Ensia.

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