Pico Alto, Sta. Maria, Açores
Numa pandemia, precisamos de espaços verdes mais do que nunca, escreve Cate Mingoya, da Groundwork USA. E explica por que razões alguns bairros não os têm, e o que se pode fazer para alterar a situação.
Cate conta que «na década de 1930, a Home Owner’s Loan Corporation criou uma série de “mapas de segurança residencial” – mapas “redlining” - designando comunidades negras e mulatas como sendo muito arriscadas para investimentos e inelegíveis para hipotecas recém-disponibilizadas pelo governo.»
Apesar de revogada em 1968, o sistema mantém a desigualdade racial, discriminando especialmente os negros que, por via disso, albergam menos serviços e atraem menos investimentos. «Recebemos os terminais de transportes e as estações de tratamento de esgotos; os outros recebem parques e árvores ao longo das ruas», exemplifica.
E, como as minorias étnicas sofrem desproporcionalmente mais perante os impactos económicos, sociais e de saúde da Covid-19 elas estão mais vulneráveis à crise climática. Sem árvores, os moradores destas zonas estão vais sujeitos a cheias e têm pior qualidade de ar, sofrem mais de asma e, por isso vão certamente sofrer mais com a Covid-19.
Felizmente tem havido sinais de mudança em Denver (Colorado), Elizabeth (New Jersey), Richmond (California), Metro Providente (Rhode Island) e Richmond (Virginia), onde projetos como The Climate Safe Neighborhoods Partnership, lutam pela eliminação da famigerada lei de zonamento «redlining». in Ensia.
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