quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Algarve: Câmara de Vila do Bispo contra aquicultura de mexilhão ao largo de Sagres

  • A Câmara Municipal de Vila do Bispo contesta a instalação de aquicultura de mexilhão ao largo de Sagres, entre a Ponta do Barranco e a Praia da Salema. Para a autarquia, a implementação desta aquicultura vai prejudicar, ou até mesmo eliminar, artes ancestrais como a pesca à linha, cerco, alcatruzes, armadilhas de gaiola, redes de amalhar e o tresmalho, que estimulam o turismo. Além disso, alega-se que se trata de uma decisão errada, meramente economicista, que prejudicará o habitat e toda a biodiversidade do Parque Natural. Barlavento.
  • Óscar Afonso, presidente do Observatório de Economia e Gestão de Fraude, considera que a exploração de lítio em Portugal não é viável e que o uso de fundos comunitários neste sentido pode ser considerado uma fraude. «A evolução dos preços, com a dimensão das reservas e com os custos fixos e variáveis associados ao projeto, não consigo perceber como é que pode ser viável. Se eu achar que as pessoas sabem que aquilo não é rentável e mesmo assim avançam, porque o objetivo é aceder a fundos comunitários, que compensam isso e, portanto, não se importam, isso é uma coisa fraudulenta em relação às pessoas que lá vivem e em relação ao resto da Europa. Se eu acreditar que as pessoas sabem isso e, mesmo assim, querem avançar: é uma fraude», afirmou. RR.
  • Portugal é um dos 10 países que mais tem a perder num cenário de inação política face à degradação dos ecossistemas, e que beneficiará se houver mais ambição, sugere o relatório  Global Futures, resultado de uma parceria entre a WWF, o Projeto Global de Análise de Comércio e o Projeto Capital Natural. «O relatório analisa as consequências do declínio da natureza nas economias do mundo, nos setores do comércio e indústria. Destina-se a consciencializar líderes políticos e empresariais para os riscos para a prosperidade económica resultantes da degradação ambiental global. Os autores do documento desenvolveram um novo modelo para calcular os impactos financeiros do declínio dos ecossistemas. Os impactos incluem a polinização, a erosão costeira ou a provisão de água, os corais a provisão de madeira ou a pesca. E alertam que a menos que seja revertida a perda de biodiversidade serão perdidos biliões de dólares nas economias do mundo, as indústrias serão afetadas e a vida de milhões de pessoas será também afetada. Englobando 140 países, o estudo estima que a inação face à destruição da natureza e da biodiversidade pode custar às economias mundiais cerca de 10 mil milhões de dólares até 2050.» Expresso.

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