sexta-feira, 5 de julho de 2019

Bico calado

  • «Saco azul do BES financiou Cavaco Silva com 253 mil euros. Dez altos responsáveis do Grupo Espírito Santo são suspeitos de terem combinado um esquema de financiamento ilegal à  candidatura de Cavaco Silva, nas Presidenciais de 2011», noticia a revista Sábado. Há quem pergunte, onde estão os outros... os  amigos de peito de Salgado, como Barroso, Portas?
  • Onze pessoas, entre elas cinco médicos e um proprietário de uma farmácia, foram detidas pela polícia Judiciária no âmbito de uma mega operação que arrancou ao início da manhã em todo o território nacional. Em causa crimes de corrupção, burla qualificada, falsificação de documento e associação criminosa que lesou o Serviço Nacional de Saúde em cerca de um milhão de euros. Lusa/SIC.
  • «Em setembro do ano passado, o PSD apresentou o seu programa para a saúde. Era assim um tipo de programa, porque o texto não foi entregue na conferência de imprensa que o deveria ter divulgado, dado que provocara na véspera alguma celeuma interna. David Justino, vice-presidente do partido, explicou que estava tudo bem e deu a palavra ao autor da proposta, Luís Filipe Pereira, um ex-ministro da saúde. É um homem que sabe. Antes do governo, Pereira fez a sua carreira profissional no grupo Mello, que geriu a primeira PPP na saúde, desde 1995, o hospital Amadora-Sintra. O contrato foi terminado em 2009, o que meteu processo judicial pelo meio, 26 responsáveis da ARS foram acusados de negligência na monitorização do hospital. O grupo Mello ficou depois com Loures, atribuído por Pereira, mas esse concurso foi anulado por irregularidades, quando outro governo olhou para o caso. Pereira, que presidira a este grupo de saúde privada, foi nomeado coordenador do PSD para o assunto. A sua ideia era forte: “trata-se de generalizar as PPP”. Para que não haja dúvidas: “Queremos que progressivamente mais hospitais sejam contratualizados com gestão privada”. Ele sabe do assunto e sabe o que quer.(…)» Francisco Louçã, in A empresarialização da saúde segundo quem sabe, FB.
  • Crianças imigrantes em julgamento de deportação. Sozinhos, sem saber mesmo o que é um advogado…
  • Wikileaks: EUA criou curso para treinar Moro e juristas, titula o Esquerda DiárioComentário apanhado numa rede social: «Cá também há uns bacanos que devem ter sido alunos dessa escola ou, pelo menos, de profs. que fizeram essa formação. Falo a sério, conheço magistrados, instituciomente importantes, que estiveram, oficialmente, no Brasil, a aprender como julgar com júri, à americana, a delação premiada e como aplicar plea bargaining. Vieram para cá concretizar o que lhes foi ensinado, e foi preciso o STJ lembrar que aqui não eram os States.» 
  • «All billionaires want the same thing – a world that works for them. For many, this means a world in which they are scarcely taxed and scarcely regulated; where labour is cheap and the planet can be used as a dustbin; where they can flit between tax havens and secrecy regimes, using the Earth’s surface as a speculative gaming board, extracting profits and dumping costs. The world that works for them works against us. So how, in nominal democracies, do they get what they want? They fund political parties and lobby groups, set up fake grassroots (Astroturf) campaigns and finance social media ads. But above all, they buy newspapers and television stations. The widespread hope and expectation a few years ago was that, in the internet age, news controlled by billionaires would be replaced by news controlled by the people: social media would break their grip. But social media is instead dominated by stories the billionaire press generates. As their crucial role in promoting Nigel Farage, Brexit and Boris Johnson suggests, the newspapers are as powerful as ever. They use this power not only to promote the billionaires’ favoured people and ideas, but also to shut down change before it happens. They deploy their attack dogs to take down anyone who challenges the programme. It is one thing to know this. It is another to experience it.» George Monbiot, in After urging land reform I now know the brute power of our billionaire pressThe Guardian 3jul2019.

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