O Instituto Internacional de Ciências da Vida (ILSI) é uma organização sem fins lucrativos financiada por corporações com sede em Washington DC, com 17 filiais em todo o mundo. O ILSI descreve-se como um grupo que realiza «ciência para o bem público» e «melhora a saúde e bem-estar humano e protege o ambiente». No entanto, investigações de académicos, jornalistas e pesquisadores de interesse público mostram que o ILSI é um grupo de lóbi que protege os interesses da indústria alimentar, não os da saúde pública.
O ILSI foi fundado em 1978 por Alex Malaspina, ex-vice-presidente sénior da Coca-Cola que trabalhou para a Coke de 1969 a 2001.
Rhona Applebaum aposentou-se do cargo de diretora de saúde e ciência da Coca-Cola em 2015, depois de o New York Times e a Associated Press informarem que a Coke fundou a Rede Global de Equilíbrio Energético sem fins lucrativos para desculpabilizarem as bebidas açucaradas pela obesidade.
O ILSI é financiado pelos seus membros corporativos e apoiantes da empresa, incluindo empresas líderes em alimentos e produtos químicos, como Coca-Cola, BASF, Bayer, DuPont, Syngenta, Mars, McDonalds, grupos comerciais da indústria química e muitos outros.
O ILSI Global recebeu 2,4 milhões de dólares de doações em 2012. As maiores doações vieram da Monsanto (500 mil dólares), da fabricante de pesticidas Crop Life International (mais de 500 mil), da Coca-Cola (337 mil) e mais de 650 mil de seis empresas de agrotóxicos, BASF, Bayer, Dow, Monsanto, Pioneer Hi Bred e Syngenta.
Fátima Poças, da Universidade Católica, é a única especialista portuguesa que integra o painel de 268 peritos deste instituto, distribuídos pelos seguintes países: Reino Unido (102), Holanda (88), Suíça (60), França (50), Alemanha (48), Bélgica (27), EUA (25), Itlália (18), Dinamarca (17), Espanha (16)…
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