quinta-feira, 27 de junho de 2019

Bico calado

  • «Para aquilo ter alguma lógica, ao menos faziam ao Marques Mendes ao domingo: ligavam-no a uma máquina da verdade e era ver a máquina a guinchar de 10 em 10 segundos. No fundo, no Polígrafo, eles vão buscar notícias que eles próprios andaram a alimentar e depois vão ser se é ou não verdade. (…) ou os Panama Papers: também não acredito que alguma vez apareçam no Polígrafo. Será que a SIC prometeu divulgar todos os nomes dos jornalistas e políticos envolvidos nos Panama Papers e afinal não fizeram nada? Aí o Polígrafo cometia autofagia, deixavam de piscar as luzes da SIC e ficava tudo às escuras e o Polígrafo deixava de existir. Tinha sido uma cena que nós inventamos só porque somos uns grandes mentirosos. (…) Bruno Nogueira, Tubo de Ensaio/TSF 26 jun2019.
  • A Guarda Civil espanhola deteve no aeroporto de Sevilha um militar brasileiro que havia transportado 39 quilos de cocaína num avião da FAB integrado na comitiva do presidente Jair Bolsonaro. A prisão ocorreu durante uma escala do avião reserva da presidência em Sevilha, no sul da Espanha, rumo a Tóquio, onde Bolsonaro participará da reunião do G-20. El País.
  • Que fazer quando uma equipa de repórteres da PBS-NewsHour é gaseada por militares israelitas enquanto trabalhava na West Bank? Haaretz.
  • Apesar das sanções da União Europeia, empresas alemãs exportaram produtos químicos para armas para a Síria durante a guerra, revela um relatório publicado pelo Süddeutsche Zeitung, pela Bayerischer Rundfunk e pelo grupo suíço Tamedia. Segundo o relatório, a Brenntag AG vendeu os produtos químicos isopropanol e dietilamina para a Síria em 2014 usando uma subsidiária na Suíça. A dietilamina foi produzida pela gigante alemã BASF na cidade belga de Antuérpia, e o isopropanol foi produzido pela Sasol Solvents Germany GmbH, em Hamburgo. DW.
  • A China suspendeu as importações de carne canadiana depois de ter descoberto vestígios de um aditivo para ração proibido e de certificados de saúde falsificados anexados a um carregamento de carne suína. Bloomberg.
  • «O general Ramalho Eanes diz que em Portugal há uma “epidemia de corrupção”. É uma opinião, bem entendido, e o senhor general tem direito a ela. Foi pena não ter falado da época em que era Presidente da República. Eu diria que a epidemia era maior e que se agora ainda se vai investigando e condenado alguns, se agora estamos mais atentos, se agora há mais sindicância e mais legislação, na altura a impunidade era total.» Pedro Marques Lopes. Apenas me lembro de que Eanes foi o herói do 25 de novembro. Não me lembro de Eanes ter tomado medidas para combater a corrupção de que agora fala. Não me venham dizer que não o fez porque no tempo dele não havia corrupção. A corrupção não se tornou epidemia de um dia para o outro: foi semeada, cultivada, tutorada, desenvolvida e sofisticada. Onde esteve e para onde olhou Eanes durante todo este tempo?
  • Um tradutor foi condenado a pena de dois anos por fazer um documentário sobre tráfico sexual no Camboja que, segundo o governo, continha notícias falsas. O primeiro-ministro Hun Sen lançou uma ofensiva contra os críticos do governo, incluindo defensores dos direitos humanos e políticos da oposição, e nos últimos anos usou o termo "notícias falsas" para desacreditar as vozes dissidentes. Reuters.

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