Bico calado
- A Associação da Lavoura do Distrito de Aveiro homenageou, em Válega, os «mártires do corte das vinhas», que tombaram às balas da GNR, em 1939. Por ordem do então governador civil, a GNR abriu fogo sobre os manifestantes que, a 15 de maio de 1939, se juntaram em protesto contra o arranque das vinhas americanas, que haviam sido proibidas pelo Governo de António de Oliveira Salazar. A carga policial tirou a vida a Jaime da Costa e Manuel Maria Valente de Pinho. Ovar News.
- A mafia impõe silêncio nos media italianos, admite uma investigação baseada em 24 entrevistas realizadas em 2018 a peritos das atividades da mafia, fiscalistas, políticos e jornalistas. Os entrevistados referem a violência psicológica e física e a difamação na criação de uma atmosfera de medo, o que induz a autocensura entre os jornalistas. Os autores do relatório intitulado «Tantas mafias, tão poucas notícias» recomendam a criação de fiscais públicos especializados em delitos contra jornalistas para reduzir a impunidade desse delitos. Além disso os jornalistas têm de ser tratados com dignidade: «Têm de ter um contrato e uma remuneração adequada. Não se pode pagar 5 euros por um artigo a um colaborador que cubra a máfia», afirma Elisabetta Cosci. Via Periodistas en Español.
- O Facebook desativou dezenas de contas que estavam a espalhar desinformação ao se apresentarem como jornalistas e influenciadores locais. Essas contas eram controladas pelo Archimedes Group, uma empresa privada sediada perto de Tel Aviv que havia arquitetado a campanha. MEM.
- A Comissão Europeia multou o Barclays, o Royal Bank of Scotland, o Citigroup, o JPMorgan e o MUFG Bank, do Japão, num total de 1,07 bilião de euros por cartelização de taxas de câmbio. EurActiv.
- Um clube de futebol inglês foi financiado por um empréstimo de 3,8 milhões de dólares da família de Osama Bin Laden. A revelação foi feita durante uma audiência do Supremo Tribunal durante uma luta pelo controlo da recém-promovida equipa da Premier League Sheffield United Football Club. MEM.
- «Perante graves violações dos direitos humanos, escassez de medicamentos e alimentos e violência generalizada na Venezuela, há uma fome urgente de justiça. Os crimes contra a humanidade provavelmente cometidos pelas autoridades não devem ficar impunes.» Erika Guevara-Rosas, diretora norte-americana da Amnesty International. Das duas uma: ou é ignorância ou é má-fé. Então não estamos todos fartos de saber que a principal causa direta da situação precária do país foi provocada pelas fortes sanções aplicadas pelos EUA e seus aliados? Para não referir o seguinte, escrito por José Goulão: «O governo da República Portuguesa está envolvido, directa e indirectamente, na apropriação ilegal de pelo menos três mil milhões de euros de bens públicos da Venezuela a que o Estado venezuelano está impedido de recorrer para comprar medicamentos, alimentos e outros produtos de primeira necessidade para a sobrevivência da população do país. Dessa verba, 1359 milhões de dólares correspondem ao valor do ouro de Caracas extorquido pelo Banco de Inglaterra, com anuência dos países da União Europeia; e 1543 milhões de euros é a fatia de dinheiro confiscada pelo Novo Banco, uma entidade nacional que foi salva com dinheiro extraído dos bolsos dos portugueses e depois oferecida a um fundo abutre norte-americano.»
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