A Câmara Municipal do Porto aprovou uma moção reclamando uma reavaliação da obra do prolongamento em 300 metros do quebra-mar do porto de Leixões. Alegam-se vários impactos negativos, nomeadamente na segurança das praias e na ondulação para o surf. No texto, criticam-se vários aspetos da avaliação do impacto ambiental, como a exclusão das praias do Castelo, Queijo, Internacional e Aquário da análise da hidrodinâmica decorrente do prolongamento do quebra-mar exterior do porto, a falta de medidas mitigadoras do efeito sedimentar da obra nas praias de Matosinhos e Internacional e a ausência de propostas sistematizadas de mitigação do prejuízo resultante da alteração das atuais condições para prática do surf. A moção diz também que o EIA «refere um impacte pouco significativo nas condições de segurança das praias de Matosinhos e Internacional, pelo facto da situação actual para a prática balnear ser hoje de boa qualidade nestas praias», mas discorda dessa análise porque entende que «a praia Internacional é amplamente reconhecida, quer pelos utilizadores, quer pelas entidades oficiais (Capitania do porto de Leixões) como uma praia com elevada perigosidade para a prática balnear e que as escolas de surf, agora em risco de deslocalização ou desaparecimento, desempenham um papel fundamental na prevenção da ocorrência de incidentes graves nesta praia».
A Comunidade Portuária de Leixões (CPL), diz-se admirada com esta atitude uma vez que a obra «foi escrutinada em todas as instâncias que sobre ela tinham de se pronunciar, sem que merecesse a reprovação de qualquer delas». JE do Mar.
A autarquia de Espinho já se solidarizou com a do Porto?
É que a envergadura desta obra representa sérios impactos erosivos na orla costeira espinhense. Não será por acaso que o POC de Espinho, para além de prever o abate de vários edifícios construídos em zona de alto perigo na praia de Paramos e a relocalização das famílias para local seguro, impõe condicionamentos nos ímpetos imobiliários da frente ribeirinha da rua 2. Apesar disso, e ainda durante a discussão do último PDM, a câmara inaugurou uma «via permeável» paralela à linha de costa e em cima de dunas.
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