sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Reflexão - «Ordenamento florestal: mais eucalipto por que porta?»


«(…) após uma racional e participada decisão de contracção da área de eucalipto tomada em 2007 e suspensa em 2011, apesar da meta definida para 2030 e da decisão parlamentar de travar a expansão em 2017, o que assistimos em 2018 é a uma tentativa de impor metas de expansão da área de eucalipto. Pode-se assim constatar o grau de sucesso dos arquitectos da eucaliptização de Portugal, concretamente quanto ao seu poder de contaminação das decisões políticas.
Portugal não precisa refundar a sua política florestal. Na verdade, como em outros domínios, as leis de base como a que foi aprovada para a floresta em 1996 dispõem de adequadas medidas de ordenamento e de gestão territorial. Mas o enorme poder dos interesses em presença – em especial do “lobby” das celuloses – contribui para adulterar em cada oportunidade o ordenamento das florestas em detrimento do bem comum.» 

João Camargo e Paulo Pimenta de Castro, in 
Ordenamento florestal: mais eucalipto por que porta? – Público.

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