Os Verdes, através do deputado José Luís Ferreira, voltaram a questionar o governo de António Costa sobre a poluição e o cheiro nauseabundo que emana dos cursos de água que afluem à Barrinha de Esmoriz/Lagoa de Paramos (Ovar/Espinho). O partido apontou o dedo às indústrias papeleiras: «Quando estas unidades começam a trabalhar as suas águas ficam mais escuras, espumosas (de cor amarelada) emanando cheiros intensos e desagradáveis. Em resposta a semelhante denúncia apresentada em fevereiro passado, o ministério do Ambiente referira que na Ribeira de Rio Maior não existem quaisquer descargas de águas residuais licenciadas pela APA, adiantando que «apesar de existirem diversas indústrias de produção de papel localizadas no concelho de Santa Maria da Feira, regra geral, estas unidades industriais recorrem a pasta de papel reciclado, ou seja, funcionam normalmente em circuito fechado em termos de efluentes líquidos, reutilizando-os no processo de fabrico após tratamento». Poderia deduzir-se, por isso, não ocorrer descargas nos recursos hídricos.
O problema é que, em setembro, a situação era muito mais grave: «Junto ao Museu do Papel Terras de Santa Maria, em Paços de Brandão, o cheiro é insuportável, sendo a água completamente negra e coberta em determinadas partes com um manto de espuma à superfície da água.» Por isso Os Verdes exigem «uma monitorização apertada no sentido de identificar os responsáveis e travar este atentado ambiental e com consequências graves também para a saúde pública». Os Verdes sublinham que as descargas de efluentes não tratados na ribeira de Rio Maior comprometem os projetos de requalificação da barrinha de Esmoriz. OvarNews. A foto foi obtida na véspera de Natal de 2004 junto do Castro de Ovil em Paramos, Espinho.
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